Março Azul Marinho: mês traz alerta de conscientização sobre o câncer colorretal

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Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer colorretal é o terceiro tipo de neoplasia que mais atinge os brasileiros (atrás somente do câncer de mama e de próstata), com mais de 40 mil casos por ano.

Diante desse cenário, o Março Azul Marinho é o mês do ano dedicado à conscientização sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoce da doença.

A médica coloproctologista Larissa Berbert explica que o câncer surge de uma somatória de fatores que levam a mutações das células intestinais, o que gera alterações cada vez maiores em seu comportamento e acarreta o aparecimento da neoplasia.

Esses fatores podem ser internos (por genética, alterações hormonais ou imunológicas) e externos (agressões por dietas, poluição, substâncias tóxicas e aspectos comportamentais).

“As situações externas correspondem a maior proporção de culpa no aparecimento desse tipo de neoplasia, aproximadamente 80%, com tabagismo, sedentarismo, obesidade, diabetes, consumo de álcool e uma dieta pobre em fibras e rica em industrializados entre as condições mais comumente associadas ao aumento do risco de câncer colorretal”, comenta.

Entre os sintomas que podem sinalizar a presença da doença, a especialista aponta as alterações do hábito intestinal (diarreia ou constipação), dor abdominal, estufamento, perda de peso, afilamento das fezes, sangramento e anemia.

“Porém, pacientes ainda no estágio inicial geralmente não apresentam nenhum sintoma, o que torna imprescindível a realização de exames de prevenção a partir dos 45 anos, ou antes, caso haja histórico da doença na família.”

Berbert também alerta que, devido ao alto número de diagnósticos por ano, é essencial possuir uma data exclusiva para educar a população sobre a importância da prevenção.

“Quando detectado precocemente, o câncer colorretal chega a ter 90% de chance de cura. Já os tratamentos utilizados vão desde ressecção local e cirurgia, até quimioterapia, aliada ou não a radioterapia.”