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      MPT pede condenação das empresas de ônibus por dupla função irregular

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      Com informações do MPT e CBN Campinas
      O Ministério Público do Trabalho entrou com uma ação civil pública contra as empresas do transporte público municipal de Campinas pedindo que o judiciário trabalhista as condene e proíba que os motoristas de ônibus acumulem a função de cobrador, independentemente do veículo estar parado ou em movimento, ou ainda da cobrança ser feita dentro ou fora dos veículos.

      Além disso, o MPT também pede para que cada uma das 5 empresas pague o valor mínimo de R$ 1 milhão, como indenização pela lesão aos direitos coletivos dos trabalhadores. Em 30 dias, o problema deve ser resolvido.

      Desde 2015 o MPT acompanha a questão da cobrança de passagens por parte dos motoristas depois da demissão de mais de 2 mil cobradores, que culminou no acúmulo de função.

      Apostando em uma solução extrajudicial, o MPT deu início a uma série de audiências com as empresas concessionárias, inclusive discutindo soluções tecnológicas para a implementação de formas alternativas de cobrança de passagens.

      Em 2016, as empresas propuseram medidas e tecnologias para “reduzir” a circulação de moeda nos ônibus, mas no final do ano admitiram ao MPT a impossibilidade de implementar as soluções tecnológicas propostas por questões técnicas.

      Diante da proposta do Ministério de fazerem um Termo de Ajustamento de Conduta e a recusa por parte das empresas, não restou alternativa ao MPT, segundo o Procurador do Ministério Público do Trabalho senão em ajuizar a ação.




      O que diz a Transurc?

      Em nota, a Trancurc informou que está em andamento o processo de eliminação do dinheiro com o uso da tecnologia QR Code, em teste nas linhas dos Distritos de Sousas e Joaquim Egídio. O Ônibus de Campinas mostrou isso há alguns meses.

      Mas, a associação considera estranho o fato de que, embora o Sistema InterCamp seja formado por mais de uma modalidade de operador, a ação trate apenas dos concessionários. O assunto está sendo tratado internamente pelo Departamento Jurídico do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros da Região Metropolitana de Campinas.

      E a Emdec fala o quê?

      Foto: Camila Moreira / AAN

      Já a Emdec informou que a administração municipal testa e avalia novas tecnologias como forma de pagamento da tarifa do transporte, além do uso dos cartões da família Bilhete Único. Reforçou também que está em fase de avaliação o uso de um bilhete de papel com QR Code substituindo o pagamento em dinheiro dentro dos ônibus.

      Disse ainda que o projeto de eliminação do uso do dinheiro dentro dos ônibus, como forma de pagamento da passagem, começou em 2014 e que Campinas caminha para que, em breve, o pagamento da tarifa seja totalmente fora do veículo.

      A Emdec concluiu a nota informando que em agosto de 2014 foi lançado o Programa de Aperfeiçoamento Profissional, em parceria com a Transurc. O programa era uma oportunidade de requalificação profissional para os cobradores, que ofereceu cursos gratuitos em quase dez carreiras de atuação.