O incidente que culminou na queda da traseira de um ônibus no Terminal Santa Lucia em Campinas reforça uma narrativa que está correndo pela cidade toda: as obras do sistema BRT foram mal feitas?
Como há várias colunas de sustentação do telhado nessa plataforma, que é mais baixa, o ônibus acabou “enroscando” em uma dessas peças de metal, arrancando toda a carcaça traseira do coletivo.
Em outros sistemas de BRT, onde há colunas do mesmo jeito, o ônibus não pode fazer a ultrapassagem, ou seja, anda sempre em linha reta, mas no caso do Terminal Santa Lucia há uma faixa de passagem no meio, ou seja, é possível ultrapassar, mas quando o coletivo vai sair à esquerda do ônibus à frente, a traseira tende a rotacionar para dentro da plataforma, colocando também passageiros em risco.
Na matéria anterior o ODC indicou que houve uma falha do motorista ao fazer a ultrapassagem, porém acabou desconsiderando a estrutura do terminal, que foi projetado para uma operação e está tendo uma outra, no momento inadequada, e por isso se retrata através desta matéria.
Para que haja segurança dos passageiros e até dos motoristas, a tal plataforma à direita não deveria comportar veículos articulados, o que não deverá acontecer no sistema BRT, mas enquanto segue essa operação improvisada, é possível que mais acidentes aconteçam, e por culpa da estrutura.
Da Redação ODC.
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