Asfalto de má qualidade faz a alegria de oficinas mecânicas em Campinas

O asfalto de péssima qualidade usado pela prefeitura de Campinas prejudica a circulação de todos os tipos de veículo. E isso não é só na periferia. Em bairros considerados “nobres”, o problema é o mesmo.

Uma das únicas vias com asfalto ainda considerado “bom” e que é constantemente recapeada é a Avenida Prestes Maia, considerada a principal porta de entrada da cidade.

Por ali entram veículos que chegam pelas rodovias Anhanguera e Santos Dumont, além de quem vem pela Bandeirantes e acessa a cidade pelo Trevo de Viracopos.

Já em outras vias, o asfalto de má qualidade derrete com facilidade, formando as famosas “costeletas”, sobretudo em pontos de paradas de ônibus e caminhões.

Nas áreas mais periféricas a situação é ainda pior. Uma verdadeira “colcha de retalhos” faz com que os veículos balancem excessivamente, para a alegria dos mecânicos.

O mesmo pode ser visto em alguns ônibus do transporte coletivo, sobretudo os equipados com suspensão a ar. Muitos já estão com as peças soltas ou batendo tudo, mesmo com a manutenção constante.

Os ajustes das suspensões dos coletivos podem ser feitos rapidamente, porém as mecânicas não conseguem vencer a alta velocidade da avaria por conta do viário de péssima qualidade.

A prefeitura geralmente terceiriza o serviço de recapeamento a outras empresas (quase sempre são as mesmas), mas o serviço não é devidamente verificado para saber se realmente foi bem feito.

Teoricamente a verificação deveria ser feita pela Secretaria de Serviços Públicos, porém isso não acontece. As empresas chegam, fazem o “tapa-buracos” de qualquer jeito e vão embora.

Além dissom, empresas de outros serviços, como gás encanado e água e esgoto, destroem as vias públicas para fazerem seus trabalhos e deixam tudo destruído, e acabam tapando os buracos da pior forma possível.

Da companhia de gás, há vários pontos afundados em vias que os mesmos esburacaram para enfiarem seus tubos a qualquer custo. Sobre água e esgoto, todos já conhecem como é o trabalho mal feito: uma montanha de terra suja para ser tapado três dias depois.

Enquanto isso, os mecânicos da cidade festejam as altas em seus serviços com os veículos cada vez mais danificados.

Da Redação ODC.
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