Considerada a maior obra de mobilidade da história de Campinas, o sistema BRT até o presente momento não mostrou a que veio. Demora, operação irregular, estações sujas e evasão recorde são algumas das reclamações dos passageiros.
No Ouro Verde a prefeitura afimrou que está tudo pronto, mas ainda existem trechos com acabamento de péssima qualidade, como a interligação dos terminais novo e antigo.
Em paralelo a isso, o prefeito Dário Saadi determinou há dois anos que o BRT começasse a operar para que as estações não ficassem completamente abandonadas, porém até agora tudo continua no improviso.
Hoje, as linhas funcionam apenas como rotas comuns com embarque em porta alta. Em quase nada lembra-se as reais e eficientes operações de BRT ao redor do mundo, o que prejudica os passageiros.
A colocação do BRT no Corredor Central é considerada por especialistas um enorme erro. Além da falta de controle da fiscalização da Emdec, os coletivos acabam ficando presos em enorme congestionamentos na hora de pico, prejudicando toda a operação.
Por muitas vezes, o Corredor Central esteve em obras e a equipe de trânsito da Emdec, parecendo mostrar desconhecimento sobre transporte, manteve os coletivos presos nas filas enormes, inclusive aplicando multas para quem não respeitasse.
Enquanto a prefeitura e a Emdec não considerarem o BRT como um modal diferenciado de transporte, continuará sendo apenas uma linha comum, como qualquer outra, inclusive no que se diz respeito aos horários.
Qualquer BRT do mundo opera sem tabela horária, e sim com partidas por frequência x demanda. Com demanda maior, mais veículos saem. Agora, com a operação presa a tabelas horárias, o sistema funciona mal.
Em 2025 parece que não vai mudar muita coisa, mas vale a pena esperar alguma novidade.
Da Redação ODC.
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