Caixa libera R$ 111 milhões e Campinas fecha 100% da verba necessária para o BRT

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A Prefeitura de Campinas conseguiu aprovar mais um financiamento de R$ 111 milhões junto à Caixa Econômica Federal para bancar a totalidade da implantação dos corredores Campo Grande, Ouro Verde e Perimetral, por onde circularão os BRTs (ônibus rápidos). Com a garantia do dinheiro, o presidente da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), Carlos José Barreiro, assinou nesta sexta os contratos com as empresas vencedoras dos quatro lotes de obras licitados, e informou que, em 30 dias, o prefeito Jonas Donizette (PSB) deve emitir a ordem de serviço para que as empresas possam iniciar a elaboração dos projetos executivos e obras. A previsão é que o BRT comece a circular nos corredores em março de 2020.
Os corredores terão custo de R$ 451,4 milhões. Desse total, a Administração já havia conseguido R$ 340 milhões em recursos do Tesouro e financiamento. Barreiro informou que, com a assinatura, os contratos serão encaminhados à Caixa para análise, o que permitirá que o Ministério das Cidades emita a autorização para início de obras (AIO), documento necessário para que a Prefeitura possa dar a ordem de serviço.
Segundo o secretário, os técnicos estão trabalhando para estabelecer um cronograma de obras para tumultuar o menos possível. Cada um dos lotes será construído por um grupo de empreiteiras. “Não começaremos todos os lotes ao mesmo tempo para não atrapalhar o trânsito e estamos analisando por onde as obras começarão e como será a sequência para tumultuar o menos possível a região dos corredores.”
Com a assinatura dos contratos, as empresas terão 90 dias para a elaboração dos projetos executivos. O primeiro lote, formado por um trecho do Corredor Campo Grande que ligará o Centro até a Vila Aurocan em 4,3 quilômetros, e mais o Corredor Perimetral, com 4,1 quilômetros, foi arrematado pelo Consórcio BRT-Campinas, e vai custar R$ 88,9 milhões. O lote dois é formado pelo Corredor Campo Grande, que ligará a Vila Aurocan ao Terminal Itajaí, em 13,6 quilômetros. Essa ligação foi dividida em três trechos: um, de 5 quilômetros, liga a Aurocan à ponte da Rodovia Bandeirantes; outro, de 6,4 quilômetros liga a Bandeirantes ao terminal Campo Grande e outro, de 2,2 quilômetros, vai do Terminal Campo Grande até o Terminal Itajaí. O lote 3, é integrado por um trecho do Corredor Ouro Verde, que liga a região central até a Estação Campos Elíseos, com 4,8 quilômetros de extensão, e foi vencido pela Compec Galasso Engenharia e Construção, que ofereceu um deságio de 22,02%, o mais alto desconto entre os quatro lotes. O trecho custará R$ 66,5 milhões.
Já o lote 4 foi arrematado pelo Consórcio BRT-Campinas/Construtora Artec S.A. O grupo ofereceu 17,9% de desconto e as obras previstas no lote sairão por R$ 104,8 milhões — o lote prevê obras do Corredor Ouro Verde, que ligarão a Estação Campos Elíseos até o Terminal Vida Nova, totalizando 9,8 quilômetros de extensão.
A Administração trabalha com um cronograma de entrega de obra à medida que os lotes forem sendo concluídos. Chamado de Rapidão pela Administração Municipal, o sistema terá três corredores. O Campo Grande terá 17,9 quilômetros de extensão e sairá da região central, passará pelo leito desativado do antigo VLT, seguirá pela Avenida John Boyd Dunlop até o terminal Itajaí. O corredor Ouro Verde terá 14,6 quilômetros e sairá também da região central, seguirá pelas avenidas João Jorge, Amoreiras, Ruy Rodriguez, Camucim até o Terminal Vida Nova. Já a via Perimetral, ligará a Vila Aurocan ao Campos Elíseos.

• Com informações do Correio Popular.