Campibus vai providenciar placas para a 226

Dá desgosto ser campineiro, e ver como o poder público faz a gente de palhaço.

A criação da linha 226 foi só mais um capítulo na fábula da tentativa de fazer o BRT do Campo Grande funcionar. Ainda que a linha tenha uma movimentação até maior do que a esperada (se for levar em comparação que o teste anterior foi com a extinta 143), há algo que chama a atenção:

É o serviço de porco feito pela Expresso Campibus.

A linha está rodando há dois dias, e a empresa foi comunicada da criação dela há, pelo menos, duas semanas, segundo apurou o ODC. E, até agora, não tiveram a mínima capacidade de programar o painel eletrônico do itinerário — ELETRÔNICO — com o prefixo e o destino da linha.

Aí, um funcionário — que ainda teve a boa vontade e tentou fazer com o que tinha em mãos — foi lá e fez uma placa que representa bem o que é o transporte da cidade de Campinas.

Se fosse no tempo do itinerário de lona seria compreensível. Afinal, tinha que parar o carro, tirar a lona, ir para a serigrafia, deixar secar..

Mas, não. Há anos os itinerários são eletrônicos e podem ser atualizados com um simples pendrive.

Existe um programa de computador que você coloca o tamanho do painel e simplesmente escreve o que quiser nele. Salva, coloca no pendrive, e passa para aquela caixinha que geralmente fica acima do motorista. SÓ.

E nem isso a Campibus teve a mínima capacidade de fazer.

Isso porque não estamos falando do fato de não existir qualquer placa lateral. A empresa teve tempo para se programar e fazer tudo isso. Mas, como já tem sido nos últimos anos, opera na base do relaxo e do “seja o que Deus quiser”.

Ao ODC, o SetCamp, que reúne as empresas concessionárias do transporte de Campinas, respondeu o seguinte:

A concessionária confirma que os adesivos e a programação da linha no painel eletrônico foram providenciados para a referida linha. Entretanto, verificaremos o que ocorreu. No caso, pontual, faremos a troca de imediato para evitar transtornos aos nossos clientes.