Campinas amanhece sem ônibus em várias regiões após paralisação surpresa de motoristas

Moradores de diversas regiões de Campinas foram surpreendidos na manhã desta sexta-feira (13) por uma paralisação de motoristas de ônibus municipais, que afetou diretamente a operação de mais de 160 linhas. A mobilização, organizada pelo Sindicato dos Rodoviários de Campinas e Região, começou por volta das 4h e durou cerca de duas horas.

O que aconteceu?

  • A paralisação afetou os bairros Ouro Verde, Barão Geraldo, Abolição, Padre Anchieta e Satélite Íris.
  • A decisão foi tomada durante a madrugada e anunciada em comunicado do sindicato enviado por volta das 2h.
  • Motoristas das empresas VB1, VB3, Expresso Campibus e Onicamp participaram do protesto.
  • O motivo é a falta de avanço nas negociações salariais durante o período de data-base da categoria.

Impactos para a população

  • Pontos de ônibus lotaram, principalmente na região do Ouro Verde.
  • A paralisação afetou 161 linhas municipais operadas pelas empresas envolvidas.
  • Os ônibus voltaram a sair das garagens por volta das 6h.
  • As empresas Itajaí Transportes e Coletivos Pádova não aderiram à paralisação, e suas linhas operaram normalmente nas regiões do Campo Grande e Sousas.
  • As cooperativas, que não são vinculadas ao sindicato, também circularam normalmente e foram usadas para reforçar o atendimento.

Ações emergenciais da Emdec

A Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) adotou a Operação PAESE (Plano de Apoio entre Empresas de Transporte frente às Situações de Emergência):

  • Cooperativas foram acionadas para cobrir as linhas com maior demanda.
  • O funcionamento das linhas do serviço Corujão, que circulam na madrugada, foi estendido.
  • Agentes da Mobilidade Urbana monitoraram a movimentação nas garagens e a demanda nos principais terminais urbanos.
  • Terminais com controle de acesso, como os do Ouro Verde e Barão Geraldo, foram fechados temporariamente durante o pico da paralisação.

O que diz o sindicato?

No comunicado (imagem acima), o sindicato afirma que as propostas das empresas estão “aquém das expectativas e necessidades da categoria” e que os protestos têm o objetivo de sensibilizar tanto as empresas quanto o poder público sobre a importância da função dos motoristas. O movimento deve continuar enquanto não houver uma proposta considerada justa.

A Emdec lamentou que a mobilização tenha prejudicado a população, destacando que o transporte coletivo é um serviço essencial e que seguirá acompanhando o desenrolar da situação.