A Secretaria Municipal de Serviços Públicos de Campinas iniciou nesta terça-feira, 3 de janeiro, uma operação de poda das copas de árvores que ficam nos limites externos do Bosque dos Jequitibás e também um estudo especial das condições de toda a mata. As medidas são preventivas e decorrem da queda de três árvores do Bosque na última semana do ano: na quarta-feira, 28/12, uma figueira branca de cerca de 35 metros de altura caiu sobre a Rua General Marcondes Salgado, atingindo um carro que trafegava no local, matando o motorista do veículo; na sexta-feira, 30/12, uma tipuana de grande porte caiu sobre a Rua Pedro Alvares Cabral e levou junto um jequitibá, mas não houve registro de vítimas.
A poda está sendo realizada em todas as árvores que ficam rentes ao alambrado que cerca o Bosque e projetam galhos da copa sobre as vias nas laterais do local. A medida visa reduzir o peso das árvores. “Com o solo muito saturado pela água, chovendo todo dia, quanto mais peso houver maior é o risco de queda. É uma medida preventiva”, afirma o secretário municipal de Serviços Públicos, Ernesto Paulella.
Após o trabalho na rua General Marcondes Salgado, o mesmo procedimento será feito nas ruas Pedro Alvares Cabral e Uruguaiana.
Paralelo às podas, uma “inspeção ocular” está esquadrinhando o Bosque dos Jequitibás para avaliar as condições de todas as árvores do fragmento de mata. Segundo Paulella, uma equipe de cinco técnicos da pasta – quatro engenheiros agrônomos e um florestal – estão realizando um “pente fino” na área. “Dividimos o perímetro do Bosque em quartis e estamos fazendo a verificação mais precisa das condições de cada árvore”, explica Paulella.
Inspeção rotineira
O secretário reforça que as árvores do Bosque dos Jequitibás e de outras áreas verdes de Campinas passam por inspeções rotineiras para verificação da saúde das espécies e condições gerais de segurança. São quatro avaliações anuais, a cada três meses em média. “Mas podemos fazer até mais vezes, quando necessário”, diz Paulella.
Nesta terça-feira, foram encaminhados ao Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e ao Instituto Biológico as amostras retiradas da figueira branca que caiu na última quarta-feira. Embora análises visuais realizadas no dia da queda pelos técnicos de Serviços Públicos não tenham registrado possíveis doenças (patógenos) e infestações por insetos, os fragmentos coletados serão submetidos a exames laboratoriais para confirmar essas condições.
O secretário Ernesto Paulella adianta que os resultados desses exames podem demorar várias semanas, pois serão realizadas culturas em laboratório com o material coletado, e complementarão a análise inicial dos técnicos da pasta.
Como não foram registradas vítimas, as árvores que caíram na sexta-feira não passarão por novos exames. Os laudos dos engenheiros da Prefeitura realizados no local também apontaram que a tipuana e o jequitibá estavam saudáveis e que a queda foi resultado do excesso de chuvas e ventos.
As informações são da Prefeitura de Campinas.
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