O transporte coletivo de uma cidade é o reflexo da sua população. Em Campinas isso não é diferente. Em muitos países do mundo não existem catracas no transporte público, mas em Campinas isso ainda é uma tarefa praticamente impossível.
Na Alemanha, grande parte das cidades não têm catracas no transporte público, sendo necessária a validação do cartão em máquinas dentro ou fora dos coletivos. Isso acontece tanto nos modais ferroviários quanto nos rodoviários.
Em Campinas as catracas dentro dos ônibus já mudaram de lugar algumas vezes na tentativa de melhorar a velocidade do embarque e do desembarque, além da segurança dos passageiros.
No início do transporte por ônibus em Campinas, as catracas de todos os coletivos eram instaladas na porta traseira e o desembarque era feito pela porta da frente. Na época ainda existia o cargo de cobrador.
Os passageiros eram obrigados a pagar a passagem logo que entravam no coletivo. Em alguns veículos ainda havia assentos antes da catraca, e muitos se aproveitavam disso para descer sem pagar a tarifa.
Em 1989 as catracas foram instaladas na porta da frente e o desembarque foi para a porta traseira, com a manutenção dos cobradores. Nesse caso viu-se a segurança dos passageiros, pois no desembarque pela frente o passageiro tende a atravessar na frente do coletivo, podendo ocasionar acidentes.
Em 2001 as catracas voltaram para a porta traseira com o retorno dos cobradores ao sistema, o que foi mantido até 2003, quando as catracas foram novamente trocadas e levadas para a porta dianteira, onde se mantém até hoje.
Em um mundo sem catracas, de acordo com estudos estima-se que no Brasil a evasão ficaria em torno de 40%, ou seja, dois a cada cinco passageiros não pagariam a tarifa, mesmo tendo dinheiro para tal.
Hoje, mesmo com catraca, a evasão já é grande, e isso em todas as linhas da cidade. Trata-se de um problema cultural que infelizmente não será resolvido em um curto prazo.
Da Redação ODC.
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