Campinas registra aumento no número de casos de coqueluche; Postos tem doses de vacina

A cidade de Campinas está registrando um aumento no número de casos de coqueluche. Desde o mês de janeiro deste ano já foram registrados 24 casos da doença, o maior número desde 2019. Antes, em 2018, foram registrados 54 casos.

A coqueluche é uma infecção respiratória, transmissível e causada pela bactéria Bordetella Pertussis. Ela compromete o aparelho respiratório, traqueia e brônquios, e se caracteriza por ataques de tosse seca. A enfermidade está presente no mundo todo e é transmitida por tosse, espirro ou fala de pessoa contaminada.

Em crianças com até 5 meses apresenta-se de forma mais grave e pode levar à morte.

A vacinação é a principal medida preventiva contra a coqueluche. No Brasil, a imunização ocorre com aplicação da pentavalente (disponível no SUS) e hexavalente (rede privada).

Casos confirmados

2012: 88
2013: 84
2014: 124
2015: 24
2016: 30
2017: 37
2018: 54
2019: 15
2020: 3
2021: 1
2022: 0
2023: 1
2024: 24

“A coqueluche, conhecida também como ‘tosse comprida’, é uma doença que pode se manifestar de forma grave, principalmente em crianças menores de 6 meses, tendo sido uma causa importante de óbito no passado, quando não havia vacina. É muito importante que todos os profissionais de saúde estejam atentos, notifiquem e investiguem os casos de crianças com tosse paroxística [intensa e rápida] para tratamento adequado, e que os pais mantenham sempre em dia a vacinação de seus filhos”, explicou a médica infectologista da Secretaria de Saúde Valéria de Almeida.

Em 2023, a cobertura da dose pentavalente em Campinas ficou em 94,97%. A meta é 95% e a dose considerada pela Saúde como indicador é a terceira do esquema primário para crianças.

Público-alvo da vacina

A vacina pentavalente protege contra a coqueluche e ainda contra a difteria, o tétano, a hepatite B e o Haemophilus influenzae do tipo b, que causa meningite. Público-alvo:

crianças: esquema primário com três pentavalente aos 2, 4 e 6 meses. Em seguida há reforços com DTP, que protege contra difteria, tétano e pertussis – tríplice bacteriana

Já a dose de vacina dTpa também garante proteção contra difteria e tétano. Ela é recomendada para o seguinte público-alvo:

  • trabalhadores da saúde: uma dose
  • gestantes: uma dose a cada gestação, entre a 20ª e 36ª semana de gestação

A vacina é segura e a aplicação em gestantes estimula a produção de anticorpos maternos contra a coqueluche que passam pela placenta e protegem diretamente a criança nos primeiros meses de vida, e indiretamente pela diminuição do risco de infecção da mãe.

A Pasta destaca ainda que há vacinação seletiva para as pessoas comunicantes de casos suspeitos ou coqueluche nos 68 centros de saúde (CSs).

Como receber?

As doses estão disponíveis em todas as unidades básicas e as salas de vacinação funcionam conforme o horário de cada uma. Não há necessidade de agendamento.

Detalhes sobre cada CS, incluindo endereços, horário de funcionamento e contatos, estão em: https://vacina.campinas.sp.gov.br.

Da Redação ODC.
Leia também: Bairro de Campinas ficará sem água nesta próxima terça-feira, dia 22/10:

Sobre o ODC

Este é o único site da região que trata do transporte coletivo e mobilidade urbana com a seriedade, rigor e precisão que o tema merece.

Podcast InterBuss ODC

  • Terminal BRT Santa Lúcia aberto. E agora, o BRT de Campinas vai dar certo?

Últimas postagens