A Emdec anunciou que todas as 14 estações e 3 terminais do Corredor BRT Campo Grande agora estão sob videomonitoramento 24 horas por dia. A promessa é reforçar a segurança e combater vandalismo e evasão de tarifa. Mas será que isso realmente vai resolver os problemas do sistema?
🚧 Bloqueio remoto: solução ou dor de cabeça?
Um novo sistema está sendo testado para liberar remotamente a catraca para pessoas com mobilidade reduzida. Na teoria, parece ótimo. Na prática, fica a dúvida: os usuários terão um atendimento ágil ou vão encarar um interfone quebrado sem ninguém para responder?
🚔 Câmeras e rondas que não prendem ninguém
A Emdec destaca que há rondas diárias e viaturas dedicadas à fiscalização. Mas de que adianta assistir às infrações pelas câmeras se ninguém pode intervir? A segurança patrimonial não tem autoridade para deter infratores nem decretar flagrante, então, na prática, os fura-catracas continuam circulando sem nenhuma consequência.
🚓 Em Curitiba, evasão é combatida de verdade
Na capital paranaense, as estações-tubo — equivalentes às do BRT de Campinas — voltaram a ter cobradores em período integral para coibir a evasão. Além disso, operações frequentes da Prefeitura, das concessionárias e da Guarda Municipal identificam infratores, que são obrigados a descer dos ônibus alguns metros à frente. Em uma dessas ações, estudantes que pulavam a catraca foram levados à delegacia, onde a Polícia Civil chamou seus responsáveis. Já pensou se isso acontecesse aqui?
💼 Empregados fura-catraca
Outra cena comum em Campinas: trabalhadores uniformizados pulando a catraca do BRT. Será que seus empregadores gostariam de saber disso?
🦆 No fim, quem paga o pato é você
Enquanto o prefeito grava vídeos pedindo educadamente para que as pessoas não burlem o sistema, os usuários que pagam a passagem continuam bancando os espertinhos. O mesmo aconteceu quando o presidente da Emdec implorou nas redes sociais para que a população usasse o BRT no início da operação, antes da integração com o Corredor Central. Não funcionou naquela época e não vai funcionar agora.
No fim das contas, monitoramento por câmeras e discursos não bastam. A evasão de tarifa continua sem punição, e quem paga honestamente pela passagem segue prejudicado. Até quando?