O governo Dário Saadi acumula mais um fracasso. Prometido quase que diariamente para outubro, a licitação do transporte de Campinas vai sair apenas em novembro, isso se sair.
Agora, a desculpa é que uma nova empresa foi contratada para dar consultoria ao processo, mas pasmem: a Emdec contratou a B3, a Bolsa de Valores de São Paulo.
Com isso, a abertura dos envelopes com as propostas irá acontecer em São Paulo, ou seja, há mais de 100 quilômetros longe do povo, o que já é praxe das atitudes deste governo: fazer tudo escondido e longe da população.
O presidente da Emdec, Vinicius Riverete, que anda mais perdido que cachorro que caiu da mudança, teve a audácia absurda de dizer que isso trará “mais transparência” para o processo.
Essa brincadeira vai custar mais de R$ 180 mil para a população, que já tem um transporte de péssima qualidade, com ônibus caindo aos pedaços e mal fiscalizados.
Só para se ter uma ideia do fracasso administrativo da Emdec, foram recebidos 1130 sugestões durante os 92 dias de abertura para a população opinar sobre o transporte.
Hoje é dia 29 de outubro, completando-se 119 dias desde o encerramento do envio das propostas, que foi em 2 de julho. Considerando apenas os dias mal trabalhados, já que a Emdec é muito conhecida por trabalhar pouco e muito mal, foram 63 dias úteis, já excluindo 34 sábados e domingos.
A Emdec foi incapaz de ver cerca de 18 sugestões por dia. Isso mesmo, nesse tempo todo era possível ver apenas 18 sugestões por dia, e nem assim houve capacidade técnica para tal.
Um dos pontos mais sem pé e nem cabeça da licitação diz respeito ao payback, que é o prazo de retorno. As empresas vencedoras iriam começar a ter lucro apenas a partir do décimo ano de contrato.
Ou seja, as empresas teriam que operar nove anos no prejuízo, fazendo investimentos e não ganhando nada por isso. Diz a prefeitura que há garantias de cumprimento de contrato.
Na região de Campinas existem vários exemplos de candidatos megalomaníacos que trocaram empresas de ônibus sem qualquer critério. Imagine se uma empresa de fora entra na cidade, torra dinheiro durante 3 anos, troca o prefeito e o eleito resolve colocar algum amiguinho para operar na cidade? E como fica esse prejuízo todo?
Não há qualquer justificativa plausível para essa decisão esdrúxula, que coloca o povo à mercê de um transporte cada vez pior. Enquanto a Emdec torra 180 mil reais com algo totalmente descabido, o povo continua sofrendo com o transporte ruim.
Mas também, o presidente da Emdec anda pelas ruas com seu Volvo híbrido, no ar condicionado, como um magnata, esbanjando luxo, ladeando ônibus imundos e caindo aos pedaços. E assim segue a “desadministração” Dário.
Da Redação ODC.
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