O prefeito de Campinas Jonas Donizette está acuado. Poucos dias antes do segundo turno das eleições deste ano, Jonas teria dito para interlocutores e pessoas mais próximas que estava com medo de ser preso, e por isso a reeleição do governador Márcio França era fundamental. Isso explica o empenho tão grande de Jonas na campanha de França nos últimos meses. Campinas parecia que nem prefeito tinha tamanha a agenda de Jonas, que foi coordenador da campanha do PSB em São Paulo, junto com o governador.
A esperança de Jonas é que França colocasse “panos quentes” na investigação da Operação Ouro Verde, poupando-o de certos “constrangimentos”. Mas no fim tudo deu errado e o eleito foi João Doria. Agora, semanas após o fim das eleições, a terceira fase da Operação eclode e vem à tona várias conversas onde Jonas é citado.
A questão maior agora vai ser a posição dos vereadores da cidade, que em sua maioria estão do lado do prefeito. A tendência é que ao menos parte dos vereadores deixem a base do governo até porque esperam uma reeleição daqui dois anos e viram como foi neste ano: renovação grande no Congresso. Talvez se eles continuarem ao lado do prefeito, cada vez mais encrencado, o desempenho nas urnas poderá ser bastante prejudicado.
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