Como a rinite alérgica prejudica a sua produtividade e afeta seriamente o seu sono

Somente quem tem rinite alérgica sabe o quanto essa alergia incomoda. O paciente sente que parece estar sempre gripado. Espirros ao acordar, coceira no nariz, no ouvido e na garganta. Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, de 10% a 25% dos brasileiros passam por isso.

“Mas o sintoma que mais incomoda é a obstrução nasal, que pode afetar o sono e a produtividade, seja no trabalho ou no ambiente escolar”, afirma Luciana Carvalho Fernandez Werdo, médica alergologista, especialista pela Sociedade Brasileira de Alergia e Imunopatologia.

Tratamento da rinite

Além do tratamento farmacológico com antialérgicos, antileucotrienos e sprays nasais, existe também a chamada imunoterapia alérgeno-específica, ou seja, uma vacina.

“O ideal é que o paciente procure um médico alergologista ou otorrinolaringologista para que possa obter o tratamento mais adequado”, esclarece Luciana.

Na prática, é feito um exame para descobrir qual é a causa da alergia. Geralmente, os agentes causadores da rinite alérgica podem ser ácaros, epitélios de cães, gatos, baratas ou fungos. Depois de feita essa análise, é possível realizar a chamada imunoterapia.

“A imunoterapia consiste em aplicar gradualmente quantidades maiores de um extrato alergênico em indivíduo alérgico para melhorar os sintomas”, diz a especialista.

Segundo ela, este tratamento, associado ao tratamento farmacológico, permite uma melhora significativa na qualidade de vida do paciente.

Rinite: como evitar?

O controle ambiental é um dos pilares do tratamento para quem sofre de alergia respiratória. Isso inclui limpeza periódica da residência, uso de aspirador com filtro hepa e outros cuidados, como encapar colchão e travesseiro, retirar os animais do quarto do paciente e lavar a roupa de cama semanalmente.

“Além disso, é preciso evitar contato com irritantes, como fumaça, poluição e odores fortes”, destaca a alergologista.

A médica explica ainda que quem sofre com rinite alérgica deve realizar a higiene nasal com solução salina. “Em casos de crise, recomenda-se o uso de anti-histamínicos associados com descongestionante nasal e corticóide tópico nasal e oral, se necessário”, conclui.

Sobre a profissional

Luciana Carvalho Fernandez Werdo é médica formada pela Faculdade de Medicina de Jundiaí. Possui 20 anos de experiência na área médica, especialização em alergia pelo Hospital do Servidor Público Estadual e título de especialista pela Sociedade Brasileira de Alergia e Imunopatologia.


Deixe um comentário

Sobre o ODC

Este é o único site da região que trata do transporte coletivo e mobilidade urbana com a seriedade, rigor e precisão que o tema merece.

Últimas postagens