Com as férias de fim de ano, as baladas “bombam” em todo o Brasil. Para aguentar a noite inteira de festa, as bebidas energéticas ganharam espaço, prometendo conceder grandes quantidades de empolgação e energia para quem as consome. No entanto, de acordo com especialistas da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), o produto é uma grande cilada para o organismo.
Cardiologista especialista em Medicina Esportiva, Dr. Nabil Ghorayeb destaca que os energéticos são, na verdade, um concentrado de cafeína e taurina em bebida adocicada. “Na teoria, eles oferecem mais energia, mas a única consequência após a ingestão é a redução da sonolência”, diz o especialista.
Ambos concordam que o principal risco é quando se mistura o produto com bebidas alcoólicas, como vodka e gim. “Isso gera uma confusão no cérebro da pessoa, já que os destilados agem como soníferos, enquanto o energético é estimulante. O efeito principal é a taquicardia, extremamente desagradável, que pode gerar falta de ar e tontura, além de desmaios”, explica Dr. Ghorayeb.
Segundo Dr. Saraiva, os energéticos, quando consumidos em excesso, também podem causar aumento de pressão arterial e arritmias, levando a casos mais sérios, como Infarto Agudo do Miocárdio e Acidente Vascular Cerebral. A bebida promete reduzir fadiga e melhorar o estado de vigília, possibilitando horas de atividades e, por isso, é comumente utilizada em baladas.
Além dos problemas cardiovasculares já expostos, os energéticos podem gerar nervosismo, desidratação, insônia e tremores. No rótulo, deve constar a informação que a mistura com bebidas alcoólicas não é recomendada, já que também pode mascarar a embriaguez.
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