Cresce diagnósticos de linfoma no Brasil; Veja como identificar e tratar

Dados do Inca – Instituto Nacional de Câncer apontam que 2.530 novos casos de linfoma foram diagnosticados no Brasil em 2018, e que cerca de 4 mil pessoas morrem todos os anos. Para esclarecer sobre a importância de identificar a doença precocemente, no Dia Mundial de Conscientização sobre Linfomas, celebrado em 15 de setembro, o oncologista Fernando Justo, da Santa Casa de Mauá, explica os tipos de linfomas, sintomas e tratamento.

O sistema linfático atua na defesa do organismo e é composto por órgãos, vasos e tecidos linfáticos e pelos linfonodos (ínguas). O linfoma – câncer agressivo – surge quando uma célula normal do sistema linfático cresce desordenadamente e se espalha pelo organismo, com comportamento e grau de agressividade diversa. São classificados em linfoma de Hodgkin e linfoma não Hodgkin, a diferença entre eles está nas características das células malignas.

Os linfomas não-Hodgkin são separados em dois grupos, os agressivos – de crescimento rápido, que tratados de forma correta têm 70% de chance de cura; e os indolentes – de crescimento lento e incurável, sem tratamento específico.

O principal sinal da doença é o aparecimento de ínguas, indolores e sem infecção, além de febre, perda de peso e apetite; coceira na pele; fadiga e sudorese noturna anormal.

O diagnóstico pode ser feito por uma biopsia do gânglio alterado e exames de imagem, se confirmado é preciso identificar as áreas afetadas. No tratamento é utilizada a quimioterapia e, em alguns casos, a radioterapia. Os anticorpos monoclonais – proteínas presentes no sistema de defesa do organismo alteradas em laboratório – também podem ser utilizados. Em alguns casos é necessária a realização de transplante de medula óssea.

De acordo com o especialista, embora a doença não tenha a causa definida, sabe-se que acomete mais os idosos e alguns diagnósticos estão relacionados a infecções crônicas e fatores ambientais. “Uma forma de prevenção é evitar a exposição prolongada a produtos químicos e os pacientes já infectados com HTLV e HIV devem ficar atentos, pois têm risco de desenvolver o linfoma”, explica.

Como em qualquer patologia, quanto antes identificar a alteração, maior o sucesso do tratamento. Periodicamente deve-se fazer um autoexame, verificando pescoço, axila, virilha, além de analisar se são dolorosas e de crescimento rápido, principalmente se não houver sinal de infecção.


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