O BRT de Campinas é a maior obra pública civil em andamento no Brasil e o maior corredor de ônibus com pavimento de concreto da América do Sul. A obra é grandiosa, mas e a operação?
Quando foi inaugurado o Terminal Ouro Verde, nos anos 80 do século passado, o objetivo era fazer um serviço de integração rápida, reduzindo a quantidade de coletivos circulando no Centro, porém anos depois as coisas mudaram bastante.
Na época, as linhas paradoras, semi-expressas e expressas circulavam por canaletas exclusivas, mas somente até a Vila Rica. Dali pra frente, os ônibus enfrentavam congestionamentos na Avenida Ruy Rodriguez, o que atrasava as viagens. Isso ficou pior com o tempo, ainda mais quando as paradoras passaram para o Corredor Central.
Os comboios passaram a ser frequentes e outras linhas fora do eixo de integração passaram a ser criadas, com itinerários por bairros como Jardim Melina e Adhemar de Barros.
Por isso, é necessário que o BRT seja bem operado até porque os coletivos expressos vão circular por vias exclusivas, ou seja, tem tudo para dar certo. As linhas serão reduzidas, mas mais rápidas.
Quando um passageiro chegar até um terminal de integração vindo de uma linha de bairro, a linha troncal direta já deverá estar esperando ou passando em menos de três minutos. Se isso funcionar, Campinas terá um excelente sistema de transporte.
Da Redação ODC.