Desde antes do início das obras, o ODC está de olho no BRT de Campinas. Muitas cobranças já foram feitas e hoje é feito o acompanhamento do que ainda resta.
Muita coisa já mudou do projeto inicial para o executivo, e por isso o ODC segue fazendo o acompanhamento. O corredor Perimetral é um dos trechos que também está sendo observado, sobretudo por ainda não estar com sua obra totalmente concluída, apesar de faltar muito pouco.
O corredor Perimetral faz a ligação do Corredor Ouro Verde com o Corredor Campo Grande por meio do traçado do antigo sistema VLT, que já era o trajeto da antiga Estrada de Ferro Sorocabana. Curiosamente, as estações do BRT foram instaladas praticamente nos mesmos locais onde já haviam as estações do VLT.
A demanda por transporte nessa região é pequena para um sistema de média e alta capacidade, e por isso o VLT não foi para frente. O que o BRT deverá fazer para atrair passageiros para as estações dos bairros das imediações?
No corredor Perimetral há cinco estações de parada: Aurocan (antiga estação Vila Teixeira do VLT), Parque Industrial (mesmo nome na época do VLT), Cidade Jardim (antiga estação Anhanguera do VLT), Vila Pompéia (mesmo nome) e Campos Elíseos (mesmo nome no VLT).
O VLT ainda ia ter uma Estação Curtume, que nunca chegou a ser feita. A questão é: será que a prefeitura fez algum estudo técnico de demanda para manter as estações no mesmo local onde eram as do antigo sistema fracassado?
Para atrair passageiros, a prefeitura deverá represar várias linhas ao redor dessas estações. Um exemplo é a linha 242, que já faz ponto final perto da Estação Parque Industrial. Se os moradores das imediações preferirem ir de BRT para o Centro, o que é obviamente mais rápido, será uma boa para todos.
As imediações do corredor Perimetral foram reconfiguradas e ganharam novos semáforos e asfalto, exceto na Estação Cidade Jardim, onde não há asfalto novo no sentido Campos Elíseos. Ali havia uma ocupação, e desde então o asfalto é o mesmo: todo esfarelado. Será refeito?
O ODC continua de olho e está acompanhando tudo o que envolve o BRT campineiro. É talvez uma das últimas oportunidades da cidade ter um transporte com um mínimo de qualidade, e não se pode perder.
Da Redação ODC.
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