Decadência do transporte público em Campinas começou no governo Jonas e segue em andamento

O transporte campineiro sofre com uma espiral de decadência iniciada durante o governo Jonas Donizette, que nunca priorizou as melhorias constantes necessárias no setor.

Durante os oito anos de governo Jonas, foram comprados menos de 600 ônibus zero quilômetro, para uma frota que ainda era de 999 veículos apenas das empresas, sem contar as cooperativas.

Isso indica que nos dois mandatos de Jonas, sequer foi trocada a frota inteira, algo bem diferente do que aconteceu no governo de seu antecessor, Doutor Hélio.

O mandatário que ficou no cargo entre 2005 e 2011 além de conseguir fazer a licitação do transporte, implantou um novo sistema (o InterCamp, vigente até hoje) e chegou a renovar toda a frota.

Isso indica que de todos os ônibus que ainda rodavam em 2005, comprados antes do novo sistema, toda a frota foi trocada por veículos zero quilômetro, em sua maioria, e algumas unidades seminovas.

Quando Jonas assumiu o cargo, a situação mudou drasticamente. Carlos José Barreiro assumiu a presidência da Emdec e a secretaria de transportes. Quase nada foi feito no setor.

Mesmo assim, Barreiro continuou no cargo durante todos os dois mandatos de Jonas e ainda enfrentou sérias crises que colocaram a população em situação de vulnerabilidade.

Greves e outros problemas internos afetaram as empresas na época, mas Barreiro manteve a austeridade de seu poder e nada fez para mudar a situação. Desde então, tudo apenas piorou.

A frota deixou de ser trocada de forma regular em 2014. Somente em 2019 houve a chegada de um grande lote para substituir unidades já vencidas há muito tempo.

Quando começou a pandemia do novo coronavirus, qualquer investimento previsto foi imediatamente cortado. Somado ao contrato precário do sistema, já que nem a licitação Barreiro conseguiu fazer em 2018 mesmo com determinações judiciais, tudo seguiu piorando.

Dário assumiu prometendo fazer a licitação do transporte e também não conseguiu, mantendo os seus primeiros quatro anos com um transporte muito ruim. Mesmo assim, foi reeleito.

Hoje, a maioria das pessoas que reclamam do transporte é a mesma que votou em Dário, mesmo sabendo que a licitação andava a passos de tartaruga. Recentemente uma campanha publicitária da prefeitura visa mudar isso, mas de forma um tanto quanto cômica.

As propagandas dizem que agora é hora de trocar a frota do BRT, mesmo sabendo que isso não acontecerá antes da licitação. Se tudo correr bem, em abril do ano que vem alguma coisa pode mudar. Do contrário, tudo ficará como está.

Os problemas se avolumam e a prefeitura se faz de santa. Lança na imprensa textos mal escritos e tentando se eximir da culpa de qualquer coisa ruim que acontece no transporte. E assim vai empurrando tudo com a barriga.

Da Redação ODC.
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