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      Depois de 8 anos sentindo cólicas frequentes, garoto tem alívio para problema apontado já no ventre materno

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      A primeira cirurgia robótica urológica pediátrica na Região Metropolitana de Campinas acabou, de uma vez por todas, com o desconforto do menino R.G., de Indaiatuba, de apenas 8 anos.

      Por toda a vida, o garoto sentiu cólicas frequentes motivadas por uma obstrução de ureter, problema diagnosticado no pré-natal.

      A melhora na qualidade de vida da criança é resultado da recente cirurgia robótica conduzida no Vera Cruz Hospital por Rodrigo Garcia, pioneiro neste procedimento em pacientes pediátricos no interior do estado.

      Mesmo com a identificação da dilatação das vias urinárias antes de nascer (hidronefrose), o menino precisou conviver com dores por todo este tempo.

      “Como seus rins têm as funções preservadas, outros médicos não viam necessidade de operá-lo e o paciente estava fadado a lidar com os desagradáveis sintomas. Por ser menos invasiva e por reduzir drasticamente as chances de sangramento, traumas pós-operatórios e permitir a alta rapidamente, a cirurgia robótica trouxe a solução para as manifestações que tanto o incomodavam, elevando o seu bem-estar e diminuindo a probabilidade de perda das funções dos rins”, enfatiza Garcia.

      O êxito da operação só foi possível pela metodologia robótica devido à precisão dos movimentos do robô no espaço reduzido que é o corpo de uma criança.

      Garcia precisou desmembrar o ureter da pelve e reconstruir a via excretora renal.

      O cirurgião robótico pediátrico conta que as incisões no abdomem foram de oito milímetros e que ele atuou em uma área de trabalho menor que 4 centímetros.

      O procedimento levou em torno de uma hora.

      “A robótica é o caminho mais assertivo para cirurgias em qualquer paciente, mas em crianças é um método ainda mais vantajoso, diminui a dor no pós-operatório e o tempo anestésico”, compara o especialista.

      Além do paciente e de sua família, a tecnologia também beneficia o médico.

      O robô filtra tremores, permite uma visão em alta definição para o doutor habilitado e maior escala de mobilidade, propiciando incisões menores, destreza e diminuição das chances de complicações.

      “Nós operamos sentados, com o conforto do console do robô. Não há mais aquela fadiga de operar três ou quatro horas de pé, diminuindo o nosso rendimento. Isso ajuda muito também o cirurgião”, explica Garcia, que teve a assistência de Sandro Faria, conceituado e experiente especialista em cirurgia robótica.