Depressão e ansiedade infantil: existe relação com a dieta?

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Os transtornos mentais e, entre eles, a depressão e a ansiedade constituem-se doenças que acometem a população no mundo todo.

Dados da Organização Mundial da Saúde estimam que em todo o mundo, mais de 300 milhões de pessoas, de todas as idades, sofram com depressão.

No entanto, as discussões sobre esses transtornos na infância ainda são recentes e uma das questões discutidas se refere a sua relação com a alimentação.

No que diz respeito especificamente a depressão, sabe-se que é uma doença com diferentes causas, no entanto, deficiências de nutrientes específicos têm sido observadas em pacientes depressivos, entre eles:

  • deficiências de ácidos graxos ômega-3 e 6
  • vitaminas do complexo B (B6 – piridoxina, B9 – ácido fólico ou folato e B12 – cobalamina ou cianocobalamina)
  • minerais (magnésio e zinco)
  • e aminoácidos precursores de neurotransmissores (triptofano) estão entre as carências nutricionais mais observadas.

Por isso, ter uma alimentação com ingestão adequada desses nutrientes é fundamental tanto para prevenção, quanto como coadjuvantes para o tratamento em casos de depressão já instaurada.

A doutora Carolina Pimentel traz, a pedido do ODC, algumas dicas de onde encontrar os nutrientes nos alimentos.

Magnésio

Banana, abacate, beterraba, quiabo, amêndoas e nozes são alguns alimentos ricos em magnésio;

Zinco

Carne vermelha, leites e derivados, feijão, oleaginosas (castanhas, amêndoas);

Ômega 3

peixes como o salmão, arenque, sardinha e atum;

Ômega 6

carnes e óleos de soja e girassol;

Vitaminas B6 e B12

proteínas animais, como carnes, leites e derivados e ovos.

Vitamina B9

leguminosas, como feijão, lentilha, grão de bico; as hortaliças e frutas

Os alimentos enriquecidos e fortificados com essas vitaminas e gorduras essenciais, tais como cereais matinais e sucos, também ajudam a garantir que as recomendações sejam atingidas.

Já em relação a ansiedade, essa se constitui em um dos quadros psiquiátricos mais comuns, tanto em crianças como em adultos, sendo que, nas crianças e adolescentes, os transtornos ansiosos mais frequentes são o transtorno de ansiedade de separação e o transtorno de ansiedade generalizada.

A discussão entre a relação da alimentação e ansiedade considera que esta, é um fator desencadeador de estresse e assim, pode afetar padrões alimentares entre as crianças.

Assim, casos de exposição a situações de estresse agudo resultam em respostas comportamentais de fuga, podendo diminuir o apetite.

Já as situações de exposição a fatores estressores de natureza crônica desencadeiam o consumo de alimentos densamente calóricos, o que por sua vez, estaria relacionado ao aumento do nas crianças.

Portanto, nos casos em que o transtorno mental (ansiedade) desencadeia o consumo excessivo de alimentos, além de medidas comportamentais, é interessante evitar os alimentos calóricos, como aqueles ricos em açúcares, que podem aumentar a ansiedade e investir numa alimentação baseada em frutas, verduras e legumes, que possuem antioxidantes e combatem os radicais livres produzidos pelo estresse.

Cabe destacar que estamos falando sobre transtornos mentais e que assim, é necessário sempre a avaliação médica para diagnóstico e determinação do tratamento, bem como, a atuação de uma equipe multiprofissional, envolvendo por exemplo, nutricionistas e psicólogos para o tratamento adequado.

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