O transporte de Campinas tem uma data marcada extremamente importante. Todos devem marcar essa data nas agendas para que a cobrança seja feita posteriormente: 20 de setembro.

Para este dia está marcada a recepção e abertura dos envelopes do processo licitatório do transporte coletivo urbano de Campinas, enrolado propositalmente desde o ano de 2018.

Na época, a justiça já havia determinado que fosse feita uma nova licitação, pois a de 2005 estaria irregular. Desde então, o processo ficou travado por conta de um edital completamente esdrúxulo e mal feito pela Emdec da época do então presidente Carlos José Barreiro.

Propositalmente mal feito, o processo ficou travado até a mudança de prefeito, quando Barreiro saiu da Emdec e foi para a Infraestrutura com a missão de enrolar a obra do BRT até as eleições de 2024, e isso fez de forma magistral.

Nas mãos de Ayrton Camargo e Silva, a Emdec ensaiou uma guinada técnica há muito tempo não vista, mas para variar, a política provinciana venceu mais uma vez, com a condução de Vinicius Riverete, ex-COHAB, para o cargo.

Desde então o edital de licitação foi sendo refeito até ser publicado, mais de um ano depois. A justiça, pra variar, embargou e a Emdec, também pra variar, enrolou a republicação.

A Emdec deu prazos irreais, excessivamente longos, para o processo andar e agora deve culminar no dia 20 de setembro. Se não houver novo embargo, os envelopes serão abertos e o processo irá continuar, agora já sabendo quais serão as novas empresas ou consórcios a operarem na cidade.

O problema de tudo é que a Emdec está tratando Campinas como se fosse São Paulo e a SPTrans, cujas realidades são completamente diferentes. Até pontos do edital foram sumariamente copiados de São Paulo.

Até os prazos excessivamente longos foram inspirados em São Paulo, que tem um transporte mais de 10 vezes maior que o campineiro. Ou tudo isso é preguiça ou falta de conhecimento dos “técnicos” da Emdec.

O ODC está de olho e continuará acompanhando tudo de perto, até a Emdec e seus ‘técnicos’ que andam de carros entenderem que transporte público é qualidade de vida, e não um joguete.

José Gaveta – Da Redação ODC.
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