Precisa pegar ônibus? Consulte aqui!

Pesquise por prefixo

    Pesquise por ponto de interesse

      EDITORIAL: Campinas faz 249 anos, mas tem o que comemorar?

      ·

      ·

      ·

      Tags:

      Campinas completa 249 anos nesta sexta-feira, mas será que há algo o que comemorar? Poucas coisas. O avião que estampa as propagandas da prefeitura, bonito, imponente, não representa em nada a situação a da cidade hoje.

      Um teco-teco velho caindo aos pedaços estaria mais adequado à realidade. Campinas está cheia de buracos, ondulações no asfalto, um transporte público péssimo e uma ideia de gastar dinheiro em coisas inúteis que voltou a ganhar uma forma muito grande dentro da administração.

      Exemplo? A ideia de mandar para a Emdec fazer um projeto para retomar a extensão da Maria Fumaça até a Praça Arautos da Paz. A ideia seria interessante, se Campinas não tivesse outras questões mais importantes na frente.

      O “projeto da gestão” de Dario Saadi coloca nas mãos de pessoas que não sabem nem lidar com o transporte coletivo algo que será mais turístico e de lazer. Um desvio completo da função original, que já é mal feita.

      A reforma do prédio da Lidgerwood, ali no começo da Andrade Neves, é outra coisa supérflua que poderia ser feita depois. E a promessa de colocar uma creche na antiga Cervejaria Colúmbia, que fica exatamente ao lado do prédio da Lidgerwood? Ficou por isso mesmo, como sempre.

      Parece haver, na cidade, uma necessidade imensa de “gastar dinheiro” com coisas que não vão ter nenhum efeito prático, em vez de investir em um recapeamento completo de regiões, como o Ouro Verde, o Campo Grande.

      “Ah, mas para isso tem o dinheiro do governo do Estado”. Sério? Com tanto dinheiro que Campinas está conseguindo guardar, já que teve um superávit no balanço passado.

      A situação da cidade é triste hoje. Campinas está largada, com zeladoria péssima, projetos que nunca saem do papel. E uma onda de querer enrolar, enrolar, enrolar.

      Há coisas boas

      É claro que tem coisas boas. O projeto de construção das 16 creches em vários pontos da cidade, especialmente nas regiões periféricas, pode resolver um problema que foi ignorado por muitas outras gestões: o déficit de vagas na rede de ensino infantil. A educação em Campinas tem conseguido se manter às boas, sem grandes percalços.

      A Assistência Social, mesmo com o aumento de moradores de rua, tem feito o que pode para seguir adiante. Infelizmente não é possível obrigar as pessoas a ir para uma casa abrigo.

      Na saúde, ainda que existam alguns problemas mais pontuais com a falta de medicamentos, o atendimento das UPAs melhorou um pouco.