A Emdec abriu uma sindicância para investigar a si própria e adivinha qual foi a conclusão? Isso mesmo que você pensou: não foi encontrada nenhuma irregularidade na empresa.

A sindicância foi aberta há mais de 60 dias a pedido do presidente da empresa, Vinicius Riverete, para investigar se houve agentes da empresa favorecendo permissionários da cooperativa Altercamp, que teve permissões apontadas pelo Ministério Público de São Paulo como envolvidas com o tráfico de drogas.

Com a resposta óbvia, a Emdec ainda disse em nota que fez a análise detalhada de vários documentos, e por isso a sindicância precisou ser prorrogada, mas mesmo assim, nada teria sido encontrado de irregular.

O que a sindicância poderia verificar é a questão do subsídio, pois essas três permissões que supostamente têm envolvimento com atos criminosos, chegaram a receber dinheiro público para complemento de tarifa.

E esse dinheiro chegou a ir para o tráfico, de alguma forma? Isso não ficou completamente esclarecido e a Emdec deveria investigar, além de punir os envolvidos.

O problema no transporte campineiro é justamente esse: no regime de permissão, que é o das cooperativas, tudo é mais simplório e com menos exigências, além de menor controle, ao contrário do regime de concessão, que é o das empresas.

O ideal seria que tudo fosse licitado e que as cooperativas participassem como empresas, como aconteceu em São Paulo, mas o edital não previu isso e as cooperativas vão continuar do mesmo jeito, em regime de permissão precária.

Vamos ver como que a Emdec vai agir com essas questões depois que o sistema de transporte for licitado. Para esta quarta, dia 20, está prevista a abertura dos envelopes das propostas operacionais. Se nada acontecer antes, o ODC estará lá e transmitirá tudo ao vivo.

José Gaveta – Da Redação ODC.
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