Há duas semanas o ODC fez a publicação de uma matéria questionando as técnicas usadas pelos funcionários da Emdec nas vistorias de ônibus, vans e outros veículos
comerciais, pois havia a suspeita de que haveria vistoria seletiva.
garagens por conta das vistorias da Emdec. O caso mais estranho ocorre na Pádova Coletivos, em Sousas.
Na semana passada a equipe do ODC esteve no local para conhecer três ônibus zero quilômetros comprados pela empresa e que ficaram parados por cerca de seis
meses na fábrica por conta de exigências descabidas da Emdec.
Depois de muita frescura, os carros foram devidamente entregues. Os três são movidos a bateria, ou seja, não poluem, similares aos que já operam pela Itajaí
Transportes. Dos três carros novos, apenas um foi liberado, curiosamente do mesmo modelo dos que já circulam na região do Campo Grande.
Os outros dois ônibus que seguem parados sem previsão de liberação foram encarroçados pela Marcopolo com a carroceria Torino Low Entry, mas não passaram na
vistoria por conta do posicionamento dos bancos dos passageiros e outros detalhes irrelevantes.
Enquanto isso, a região de Sousas está sendo atendida por veículos velhos e vencidos, sendo que esses dois já seriam suficientes para resolver boa parte do problema
por lá, já que a frota é menor. A falta de conhecimento técnico dos responsáveis pela vistoria agravam a situação.
A maioria dos ônibus trazidos para Campinas são encarroçados pela fábrica Caio Induscar, a mesma que fornece a maioria dos ônibus para São Paulo e embasa
planilhas e plantas técnicas para vistoria. Como o modelo elétrico encarroçado pela Caio, no modelo Millennium IV, é o mesmo já usado pela Itajaí, a liberação foi rápida
pois o mapa técnico do carro é o mesmo. Já no caso do veículo Marcopolo, não tem como ser o mesmo mapa técnico, já que cada veículo de cada fabricante tem uma
especificação diferente, itens diferentes, entre outras coisas.
Os ônibus parados na garagem da Padova são acessíveis, com piso rebaixado na entrada e na saída, o que dificulta o entendimento dos responsáveis pela vistoria. A
impressão que fica é que os vistoriadores chegam com o mapa de um carro de carroceria Caio para vistoriar um de carroceria Marcopolo e acabam entrando em “bug”.
Seria mais ou menos exigir que vistoriar um Chevrolet Onix com o mapa técnico de um Ford Fusion e exigir que o Onix fique idêntico ao Fusion.
Além desses carros, há outros também encarroçados pela Marcopolo e equipados com ar condicionado parados em outras garagens aguardando autorização para irem
às ruas, enquanto veículos com até 14 anos de uso seguem circulando. Curiosamente, nesse caso aconteceu a mesma coisa: os encarroçados pela Caio foram
liberados primeiro.
Falta bom senso e qualidade técnica de certas pessoas.
Da Redação ODC.
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