Empresas terão que pagar o equivalente a 1 ônibus novo por megalomania da prefeitura

As empresas que vencerem a licitação do transporte coletivo urbano de Campinas terão que pagar os luxos estabelecidos pela Emdec, que são totalmente dispensáveis.

De acordo com o edital de licitação do setor, cada empresa ou consórcio vencedor terá que pagar o equivalente a cerca de R$ 300 mil para a B3 – Bolsa de Valores de São Paulo.

O valor corresponde ao aluguel de salas e outros espaços para a realização das sessões do certame. A Emdec contratou a B3 para “assessorar” a prefeitura durante o processo.

Já foram pagos pouco mais de R$ 180 mil pela Emdec para poder fazer o processo licitatório em São Paulo, bem distante da população, ao invés de usar as salas da prefeitura, como sempre foi.

Agora, os valores somados que deverão ser pagos pelas empresas vencedoras do processo ultrapassam os R$ 600 mil, ou seja, quase o valor de um ônibus seminovo.

No final, a B3 embolsará um total de R$ 780 mil, dinheiro suficiente para a compra de um ônibus novo com configuração básica. Infelizmente, um gasto totalmente desnecessário.

Com o transporte público em crise e precisando de dinheiro, a prefeitura empurra para as possíveis novas concessionárias um custo absurdo que poderia ser usado em outra coisa mais útil.

A decisão de jogar a licitação para a B3 foi da Emdec, deixando a população fora do processo. Assim, os populares poderão acompanhar apenas via internet.

Não é de hoje que a prefeitura toma decisões impopulares, para ficar longe da população. Recentemente, o prefeito Dário Saadi mandou “representante” para a festa de natal no Ouro Verde, reforçando sua linha de não se aproximar dos menos abastados.

A desculpa para a contratação da B3 é de “dar mais visibilidade e credibilidade ao processo”, o que não tem o menor cabimento. Credibilidade se dá com um edital decente e lógico.

A megalomania continua.

Da Redação ODC.
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