Uma série de erros no projeto do BRT em Campinas prejudica a operação dos ônibus troncais, ainda que tudo esteja sendo feito da forma mais mambembe possível. Pontos em que deveriam ter sido feitas desapropriações hoje são verdadeiros gargalos.
Vários trechos em que deveriam ter ocorridas desapropriações hoje são gargalos que prejudicam a operação do BRT. Na época, a prefeitura alegou que tais desapropriações atrasaria o final das obras.
Uma verdadeira piada, sendo que sete anos após o início das obras, que já começaram atrasadas, ainda não foram concluídas. Muitos trechos que deveriam ter sido desapropriados acabaram sendo supervalorizados propositalmente, pois esperava-se receber mais do que os imóveis realmente valiam.
Confira alguns trechos que deveriam ter desapropriação, sendo do imóvel por completo ou ao menos da calçada ou fachada:
- Rua Saldanha Marinho (entre a Dr. Mascarenhas e a R. Marquês de Três Rios)
- Avenida Ruy Rodriguez (Depois do Shopping Spazio Ouro Verde)
- Avenida Camucim (Até a antiga Estrada)
- Rua Piracicaba (inteira)
- Avenida John Boyd Dunlop (Jd. das Roseiras)
História
Quando a Avenida das Amoreiras foi alargada para a implantação do Corredor Trólebus, ainda na segunda metade dos anos 80 do século passado, vários imóveis tiveram a fachada recuada de ponta a ponta.
A desapropriação permitiu a construção do corredor inclusive com vários pontos de ultrapassagem. Na época houve muitos transtornos, mas a população viu o ganho de tempo dos ônibus com o corredor exclusivo.
Hoje, as faixas não têm nenhuma divisão, carros invadem, motos passam como se tivessem autorização para isso, além do que a via foi entupida de semáforos fora de sincronia, deixando as viagens ainda mais lentas.
Nas faixas em que há apenas um espaço para carro e um espaço para ônibus, a Emdec tem uma tolerância maior. Isso foi culpa de vereadores que procuraram atender comerciantes, em detrimento à maior parte da população.
A falta da desapropriação em alguns pontos hoje compromete todo o sistema BRT de Campinas. E o responsável por isso continua no governo Dário, sem ser questionado e ainda com prestígio junto ao prefeito. Quem fica de lado, mais uma vez, é a população.
Da Redação ODC.
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