Especial Transporte em Campinas 7 | Trecho do Pq. Industrial foi entregue incompleto e com atraso

O ODC continua mostrando os atrasos nas obras do BRT de Campinas e comprovando através de documentos. Seguindo pelo Corredor Perimetral, no antigo leito do sistema VLT, extinto nos anos 90, as obras deveriam já estar totalmente concluídas e até sendo usadas de alguma forma pela prefeitura, mas não é bem isso que está acontecendo.

A obra completa desse trecho, que é chamado de Lote 1 e que foi delegada a um consórcio de empresas com 66 funcionários contratados, já deveria estar pronta no ano passado mas ainda há muito o que ser feito. A situação mais crítica é justamente sobre o Córrego do Laranja, entre a Vila Pompéia e o Jardim Paulicéia. Ali deve ser construída uma ponte, cuja obra deverá ser paga por um supermercado ali de perto, como contrapartida. O problema é que até agora essa obra ainda nem começou, pior foi a justificativa que o secretário de transportes, Carlos José Barreiro, deu para isso.

A obra de apenas um trecho levou quase o dobro do tempo.

Sobre a ponte do Córrego do Laranja, Barreiro teve a audácia de dizer que precisa de uma autorização do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) do Governo do Estado para que a obra seja executada. Oras, por que essa autorização, se realmente é necessária, não foi solicitada antes, já que se sabia a necessidade dela? Justificar um atraso de obra usando isso como desculpa é no mínimo estapafúrdio.

Mais estapafúrdia foi a “inauguração” de um trecho como “reabertura” da ligação entre dois bairros que tinha sido fechada há anos, mas que na verdade ainda não foi aberta. A ligação entre o Jardim Miranda e a Cidade Jardim, passando por baixo da Rodovia Anhanguera, foi inaugurada no ano passado, mas essa ligação ainda não está pronta. Há um trecho de terra aberto por conta pelos motoristas e que fazem a travessia sem segurança alguma, já que a obra ali não foi concluída.

Outros trechos já estão parcialmente finalizados, mas ainda falta acabamentos em pontes e viadutos, encostas, margeamento das vias de concreto e os acessos às estações, também não concluídas. Barreiro agora diz que não vai montar as estações pois não há necessidade já que não serão usadas em um primeiro momento. Quando o ODC denunciou isso no ano passado, a prefeitura afirmou que as estações independiam das obras civis e que estavam sendo montadas para “adiantar”, ou seja, a prefeitura dá respostas de acordo com a conveniência do momento.

A obra completa sobre o leito do VLT, incluindo Corredor Campo Grande e Perimetral deveria ser totalmente concluída em 21 meses de acordo com cronograma, mas isso ainda está longe de acontecer. Na semana passada já completou 27 meses de obra e continua, em passo de tartaruga.

Da Redação ODC.


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