Apesar de ser descrito como um homem tranquilo e sem vícios, Miqueias da Silva Santana era tido como desastrado e esquisito, o que o tornava alvo de chacotas, segundo seu ex-patrão.
De acordo com o empresário, que não vai ter o nome divulgado, o homem era “uma boa pessoa”, mas não desempenhava bem a função.
Por diversas vezes, teria realizado serviços em desacordo com a ordem determinada. Em algumas situações, ele acabava causando mais problemas para o patrão.
“Ele era esquisito e não tinha noção técnica do que fazia. As pessoas sempre zoavam dele pelas coisas que fazia. Mas ele nunca falou nada. Não contava nada de sua vida pessoal”, disse o microempresário.
Ele trabalhava das 7h30 às 17h, mas foi demitido nesta segunda-feira por volta das 9h da manhã, segundo o ex-patrão.
O microempresário acredita que a demissão pode ter sido a motivação da briga do casal.
“Estou chocado. Se soubesse que poderia acontecer essa tragédia teria evitado. Ele nunca me falou de sua vida particular. Tenho filhos pequenos e estou com o coração partido com a morte da família, em especial da menininha”, disse.
De acordo com relatos do autor, após o crime, ele foi até a casa do casal e se deitou no chão, atordoado com a briga e os assassinatos.
Ele teria esperado que alguém fosse no imóvel, mas como ninguém teria aparecido, adormeceu e acordou por volta das 8h, quando decidiu ligar para a Polícia Militar (PM).