A falta de informação no transporte público de Campinas é um dos principais problemas do setor. O problema vai das ruas até os terminais, e deixa a população perdida.
Quando foi construído o corredor de ônibus da Avenida das Amoreiras, que era um corredor de verdade, totalmente segregado e dedicado 100% ao transporte público, até o sistema de informações era simplificado e fácil de compreender.
O passageiro tinha no ponto a informação de todas as linhas que paravam em cada ponto, com o prefixo da rota em número grande e logo abaixo o destino, com o complemento se fosse necessário.
Mais tarde, anos depois, com a reformulação do corredor, os pontos passaram a receber o nome completo da linha e com uma estimativa horária de passagem, com o que deveria ser feito hoje: o intervalo médio em cada parte do dia.
Hoje, as informações são péssimas. Além de letras minúsculas e com erros de digitação frequentes, não há os complementos de acordo com o destino do coletivo.
O fato de mais de uma linha ir para um mesmo ponto final em nada ajuda o passageiro com a informação correta, pois cada linha costuma ir por um itinerário diferente.
Os terminais do BRT são os maiores exemplos de informação precarizada. Ficou a impressão de que houve preguiça por parte da Emdec em colocar os dados de forma correta e completa.
No Terminal Campos Elíseos, há o totem com a informação de parada das linhas 1.53 e 1.54, ambas identificadas como “TERMINAL VILA UNIÃO”, porém não há nenhuma informação de que uma delas vai pelo Jardim Santa Lúcia e a outra vai pelo Jardim Novo Campos Elíseos.
A precarização das informações muitas vezes parece ser fruto de preguiça ou de propósito, pois não é possível que coisas básicas deixam de serem informadas.
Mesmo moradores de longa data têm dificuldade de andar pela cidade pois falta informação de tudo. Quem vem de fora, fica completamente perdido e não é capaz de pegar sozinho uma linha de ônibus apenas com as informações constantes nos pontos, isso quando elas estão disponíveis.
Tal melhoria independe de licitação, ou seja, a Emdec, se tivesse vontade e preocupada em melhorar algo, com certeza já teria feito algo novo, mas continua tudo assim: ruim e de mal a pior.
Da Redação ODC.
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