O sistema BRT de Campinas está cheio de problemas, isso é um fato, porém alguns ajustes já ajudariam a melhorar a qualidade do serviço. Mas as questões estruturais ainda deverão se delongar.
Para piorar, fica a impressão que nada disso foi analisado pelos técnicos que participaram do processo de construção do BRT. A violação das catracas é algo completamente recorrente e longe de ter uma solução.
A substituição das catracas em todas as estações e terminais é algo que deveria ser discutido para ontem. Os passageiros simplesmente fazem de tudo para não pagar passagem, e infelizmente conseguem.
Isso é um enorme desrespeito com quem paga a passagem regularmente. Os problemas no sistemas de controle de acesso vão muito além das catracas frágeis que são desrespeitadas.
A vigilância dos pontos do BRT é insuficiente. Geralmente os vigilantes chegam ao local apenas depois que o ato aconteceu, ou seja, quando chegam em caso de detecção de evasão, as pessoas já foram embora.
Porém é necessário fazer justiça no que diz respeito ao furto de cabos elétricos do BRT, pois nesse caso a vigilância chega rapidamente e na maioria dos casos consegue evitar que os bandidos levem os itens embora.
Sobre as catracas, recentemente alguns funcionários da Emdec orientaram que seus agentes não ficassem verificando se a pessoa pagou passagem ou não, pois isso não seria de responsabilidade deles, e sim das empresas de ônibus ou de quem vende passagens.
Isso soa como um absurdo, pois quem fez a instalação desse frágil sistema de catracas foi a Emdec, logo ela seria responsável por esse monitoramento. Inclusive a sua substituição é de responsabilidade da empresa municipal.
Enquanto fica esse jogo de empurra, vândalos continuarão a destruir as estações e os terminais, e drogados continuarão usando o BRT como táxi para o transporte de seus itens ilegais.
Da Redação ODC.
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