O trânsito da cidade de Campinas é conhecido como um dos piores de todo o país, de acordo com os próprios motoristas. Apesar do grande número de imprudências praticados pelos nativos, as últimas gestões da Emdec foram um verdadeiro fracasso no setor.
Desde a gestão Barreiro na presidência da Emdec o trânsito apenas piorou. Houve um aumento exacerbado na instalação de conjuntos semafóricos que sequer são sincronizados, deixando o trânsito travado em vários momentos do dia.
A gestão Ayrton Camargo e Silva não é levada em consideração por ter sido muito curta (menos de um ano), mas dado o longo conhecimento e experiência em trânsito e transporte, com certeza a situação hoje estaria muito melhor.
Logo depois o então secretário de transportes Vinicius Riverete, que veio da COHAB, assumiu o cargo e abriu as portas da empresa para a população, mas jogou a cidade em uma espiral populista que hoje custa muito caro para todos.
Encheu a cidade de ciclovias inúteis e espalhou semáforos para todos os cantos. É insuportável andar em determinadas avenidas onde há necessidade de parar em cada quadra. Nem sincronizados os equipamentos chegaram a ser.
Além disso, houve um aumento na instalação de redutores de velocidade do tipo “lombada” em vários pontos. O remanejamento de radares também não surtiu o efeito esperado, ao menos para a população.
De acordo com a Emdec, todas essas ações visam reduzir a mortalidade no trânsito campineiro, que é alta e em suma é culpa do próprio motorista, que se acha acima do bem e do mal.
É fato que o motorista campineiro é muito ruim de volante, acha que só ele tem pressa e que pode fazer o que quer. Basta ver o número de pessoas letárgicas que circulam pela faixa da esquerda como se fossem donos da via, enquanto os demais ultrapassam pela direita.
Mas tudo isso não justifica deixar o trânsito cada vez mais lento. E isso não ajuda em nada o transporte público, pois as pessoas ainda não estão deixando seus carros e motos em casa para pegar ônibus, muito pelo contrário. Os coletivos também ficam presos nos longos congestionamentos e em semáforos excessivamente demorados.
Há avenidas em que os semáforos ficam mais de um minuto fechados em uma sincronia sem pé e nem cabeça. Nas vias do BRT o trânsito piorou pois ao invés da colocação de passarelas, foram colocadas inúmeras faixas de pedestres com semáforos dessincronizados, piorando a circulação e colocando o próprio pedestre em risco.
Como o semáforo demora para todo mundo, ninguém os respeita: nem os pedestres e nem os carros. Semáforos com tempos mais curtos levariam as pessoas a respeitá-los mais, mas isso a Emdec não quer ver.
A questão é: quantos semáforos mais serão instalados na cidade nos próximos meses? Essa é uma forma da Emdec se eximir de culpa de qualquer coisa, o que tem sido praxe nessa gestão e na anterior.
Da Redação ODC.
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