Há exatos 18 anos o então prefeito de Campinas, Antonio da Costa Santos, estava sendo sepultado no Cemitério da Saudade, levado por uma imensa carreata que saiu do Palácio dos Jequitibás. Uma multidão emocionada e em silêncio acompanhou o trajeto.
Como a população exigia a investigação com o objetivo que o assassino aparecesse, o nome de Andinho foi levantado e acabou sendo até julgado, mas a Justiça considerou que não havia nenhum indício da participação dele no caso. É sempre importante lembrar que Andinho era um bandido muito conhecido na época e a ligação do seu nome com o caso pode ter sido oportuna para ocultar alguém que teria interesse na morte do prefeito.
Em 2011, dez anos depois, as investigações foram retomadas porém, obviamente, nada foi concluído. Até hoje, a morte do prefeito, que representava uma esperança de toda uma cidade que vinha de quatro anos de um desastroso e péssimo governo do hoje falecido prefeito Francisco Amaral. A população colocou fé que Toninho ia resolver os problemas, principalmente na área do transporte, que estava falido, entupido de perueiros clandestinos com veículos caindo aos pedaços e os ônibus não eram renovados há anos, com verdadeiras sucatas andando pelas ruas.
Como um dos primeiros atos de seu governo, Toninho exigiu como condição para elevar a tarifa em 30%, a compra imediata de 100 ônibus zero quilômetro, o que foi prontamente atendido pelas então permissionárias. Na época o ODC, que se chamava Portal SIT Campinas, chegou a fazer uma denúncia sobre um lote de 20 ônibus que teriam sido comprados usados e entregues como zero. Para provar que tudo era novo, Toninho colocou todos os 100 novos ônibus enfileirados na Francisco Glicério com a nota fiscal de compra grudada no para-brisa de cada um dos veículos.
Desde a morte de Toninho Campinas nunca mais teve um governo decente, e não tem até hoje.
Da Redação ODC.
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