Após Camila Barbosa, de 27 anos, ser indiciada por estelionato pela Polícia Civil de Goiás (PC-GO), familiares revelaram que a jovem não deixava que parentes acompanhassem o “tratamento” dela nos hospitais. A mulher fingia ter câncer para receber doações. As informações são do g1.
Em entrevista ao g1, uma familiar de Camila revelou que a jovem “sempre teve o hábito de mentir”.
“Ela não deixava a família acompanhá-la no hospital em momento algum. Ela sempre teve o hábito de mentir muito, então, a gente já não levava muito em consideração as coisas que ela falava”. – FAMILIAR DE CAMILA
“As pessoas falam: ‘ah, você é parente da Camilla, que fingiu ter câncer, né?’ Isso nos mata de vergonha. Estamos todos envergonhados. A nossa família não é assim. Não conseguimos entender por que ela fingiu ter uma doença tão grave”, acrescentou.
O advogado de Camila, Warley Divino Pires, havia dito anteriormente que ela não recebeu dinheiro e que tem diagnóstico de um câncer “leve” e que “faz tratamento”. Assim, “em análise preliminar das provas, a defesa comprovou que não têm indícios de materialidade delitiva”, apontou.
ENTENDA O CASO
O golpe começou em outubro de 2022, com uma mensagem nas redes sociais falando que ela lutava contra um câncer de mama. Segundo o inquérito da PC-GO, a jovem fez pelo menos cinco campanhas e rifas para conseguir o dinheiro. As informações são do O Globo.
Camilla chegou a raspar a cabeça e compartilhar fotos na cama de um hospital nas redes sociais. De acordo com denúncias de pessoas enganadas pela mulher, o dinheiro era supostamente para a compra de remédios e a realização de exames.
“Preciso muito desse exame para seguir meu tratamento e poder ir para casa cuidar dos meus filhos. O valor é de R$ 1400. Quem puder me ajudar, qualquer quantia sempre é bem-vinda”. CAMILLA BARBOSA – Jovem que fingiu câncer
Um mandado de busca e apreensão na casa da jovem terminou com exames e documentos apreendidos. No entanto, em nenhum deles há provas de que ela tinha câncer. A própria Camilla assumiu em depoimento que não possuía meios de comprovação do diagnóstico.
DEPOIMENTO
Em depoimento à Polícia, Camilla disse que teve o diagnóstico de câncer no início do ano passado, após ir ao hospital por ocasião de uma infecção por dengue. Na versão dela, o tratamento foi iniciado em julho, no Hospital Araújo Jorge, onde fez sete sessões de quimioterapia.
No entanto, ela não tem nenhum documento que comprove. Segundo a goiana, o hospital informou que acabou perdendo seu prontuário médico e encerrado o tratamento. A declaração não convenceu os policiais.
Segundo a investigação, Camilla não tinha muitos familiares presentes. Ela não deixava eles participarem de consultas e não aceitava que ninguém a acompanhasse nas supostas sessões de quimioterapia.
“Ex-namorados dela também já chegaram a procurá-la e o próprio hospital dizia que ela não estava naquele local. Então, ela sempre tentou manter todos de fora dessa situação, e mostrava apenas as imagens que fazia”, diz o delegado.
Fonte: diariodonordeste.verdesmares.com.br / direitonews.com.br
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