Parece que foi ontem que a jovem Stephany Rosa da Silva viralizou em todo Brasil após sair de sua festa de aniversário no John Bull. Ao sair embriagada e dirigindo, ela foi parada por policiais militares, e após ser colocada na viatura, deu um show a parte dentro da viatura para a imprensa que acompanhou em 2012. Somente no Youtube, o vídeo foi visto mais de 15 milhões de vezes.
Porém, Stephany agora volta a ser protagonista de uma nova história, desta vez o drama da vida real, ela está enfrentando um câncer desde 2018.
Através de uma VAKINHA, ela contou toda a luta que tem sido nos dois últimos anos.
Minha História:
Oi pessoal!
Demorei para ter coragem para fazer isso, pedir ajuda!
Para quem não me conhece, me chamo Stephany.
Completei 30 anos este ano, tenho um irmão 3 anos mais novo que eu, sou nascida em Curitiba, meus pais nasceram no interior do Paraná e são vivos (graças a Deus), moro com eles aqui em Curitiba, meus avós maternos também são vivos, e tenho um filho muito lindo que vai fazer 15 anos em Julho.
Eu tive uma infância em um lar religioso, quando eu tinha 11 anos de idade saí da igreja e minha vida mudou radicalmente, aquela menina que não podia nem furar a orelha colocou piercing até na língua e apanhou haha, Minha adolescência foi revoltada e em busca de uma aprovação que nunca veio, pois era uma aprovação interna que eu nem sequer tinha consciência.
Essa pegada mais punk perdurou e Deus vendo a menina dos olhos dele sem freio me parou, pela primeira vez, com uma benção chamada João Victor, na adolescência. Faltando 2 meses para que eu completasse 15 anos, descobri que estava grávida, meu chão se abriu —foi difícil, mas nos recuperamos. Recebi muito amor da minha família, durante a gravidez, e achei que ali minha vida teria mudado, tomado um rumo completamente diferente, mas ainda não, minhas partes feridas ainda eram muito grandes.
No ano de 2010, eu fiz 20 anos e, em setembro deste mesmo ano, Deus com sua amorosidade me chamou para perto dele novamente, me parou através de um surto psicótico, fui internada em uma clínica psiquiatra. Fiquei 1 mês na clínica, onde eu dormia lá mesmo, nos 3 meses seguintes, continuei indo todos os dias para a clínica, das 8h ás 17 horas.
Foi um período muito difícil, tendo em vista que saí de um estágio que eu amava muito, engordei 8 kg em 30 dias e tranquei a faculdade. Enfim, “perdi tudo”, em Janeiro de 2011, voltei a trabalhar em um escritório do qual eu sinto muito orgulho de ter sido colaboradora, pois eles me resgataram a fim de que eu recomeçasse neste período delicado da minha vida.
De pouco em pouco fui resgatando minha vontade de viver e, em 2012, no meu aniversário de 22 anos, eu tive um vídeo viralizado na internet, que colocou novamente minha cabeça de cima para baixo.
Tudo confuso novamente, comecei a buscar por algo que me trouxesse sentido e acolhimento, encontrei na Mary Kay, ah essa companhia me transformou muito, demais!
A qualidade dos meus diálogos externos e internos melhoravam a cada dia mais, com isso, eu comecei a busca de autoconhecimento, a empresa (MK) traz muito o lado do desenvolvimento pessoal e então aprendi a fazer mural dos sonhos, metas, objetivos, aprendi que somos a média das 5 pessoas das quais mais convivemos. E enfim, minha consciência foi se expandindo lentamente.
Os primeiros contatos que tive com esse universo de amor próprio e autoconhecimento foram em meados de 2014, através das Meditações da Louise Hay. Gosto também das práticas de Hélio Couto e Elaine Ourives também ( a quem possa interessar, todo esse conteúdo encontra-se disponível no youtube de forma gratuita).
Ali, eu fui começando a entender que eu não era minha mente, que ela não precisava me comandar, que eu poderia ter diálogos internos mais amorosos comigo e minha vida começou a mudar para muito melhor.
Eu principiei uma decadência, na esfera profissional, no começo de 2018. As coisas começaram a ficar difíceis para mim na MK, o que desencadeou em mim um alto nível de estresse…
Em agosto de 2018, o temido diagnóstico: É CÂNCER!
Sobre o câncer:
Era dia dos pais e aniversário da minha mãe, 12 de agosto de 2018.
No final de semana anterior, em um domingo, tinha o exame da ordem, eu estava pilhadíssima estudando. Senti algumas dores abdominais umas semanas antes do exame, mas a situação se resumiu a isso: aquele mal estar intenso, porém, pontual que nunca mais se repetiu. Deve ser estresse pensei, vida que segue…
Voltando a 12 de agosto de 2018, era dia de comemoração, estava tendo churrasco. Quando cheguei em casa depois dessa noite, percebi uma dificuldade estranha para ir ao banheiro, até cheguei a vomitar, ali meu corpo me enviou um sinal de alerta, há algo errado com você, investigue e rápido.
Na segunda feira, já tentei marcar um gastrointestinal, fui na terça, e ele já me pediu uma endoscopia. Nesta mesma noite, minha barriga cresceu (tem foto), senti muita dor e fui para emergência de um hospital.
No dia seguinte, fiz o exame e apareceu uma tumoração cística grande, levei este resultado para minha ginecologista, ela ligou na hora no IDEPI (exames de imagens laboratoriais). Na sexta, por volta da metade do dia, todos os exames já estavam prontos. Fui me consultar com minha ginecologista, eu estava sozinha, (foi tudo muito corrido), e ela me disse que eu estava com NEOPLASIA. Eu disse: O que é isso? E ela disse: CÂNCER.
Dentro do consultório mesmo liguei para a indicação de um oncologista dela e consegui marcar para 17h30, já pensou? (Uma mistura de muito medo com muita adrenalina me invadiu!!!)
Avisei minha mãe, ela ficou em estado de choque e foi, de imediato, me encontrar neste consultório. O médico me encaminhou para um colega que trabalha com ele, especialista em câncer ovariano. A instrumentadora e a secretária dele, prontamente, entraram em contato comigo naquela noite mesmo e marcamos a consulta para segunda. Elas me tranquilizaram, dizendo para eu ficar calma no final de semana…
Fiz a primeira cirurgia no dia 28.08.18 e após uns 20 dias foi constatado que o tumor era maligno. Então fiz outra cirurgia, uma histerectomia, que é a retirada do útero no dia 24.09.18.
Em outubro, comecei as quimioterapias, foram uns cinco ciclos para que meu cabelo começasse a cair…
Essa quimioterapia, iria até março, terminei os ciclos e estava curtindo já minha cura!!!
Mas, infelizmente, quando fui fazer os exames para comprovar o que os médicos acreditavam, descobrimos que o tumor além de ativo estava crescendo.
O chão se abriu mais uma vez, meus problemas referentes ao Exame da Ordem (porque estava estudando como uma louca e nunca estava satisfeita com meu desempenho) acabaram na hora rs, pois encontrei outra questão maior. Outra cirurgia foi marcada para o dia 25.05.19, dessa vez, uma exploratória que abriria toda minha barriga.
Comecei nova quimio em junho, repeti os exames em novembro, consegui fazer um teste dos EUA que dizia qual era o meu tipo de tumor e em qual país, no mundo, existia a droga que o combatia.
Fiz esse exame, levei junto com ressonância e petscan. O impacto da notícia foi de que não teria mais o que ser feito no Brasil, as melhores quimioterapias para câncer de ovário já haviam sido realizadas e, na teoria, minha “única chance” era servir de experimento em um grupo de estudo, mais precisamente no hospital MD Anderson, Houston, Texas, onde só a consulta seria R$ 80.000,00 (oitenta mil reais).
Fui atrás de outra opinião e a médica me pediu um exame chamado imunustoquímica, que traria a informação de qual era a origem do tumor. Segundo este exame, a origem deve ser ovário mesmo, mas ele tem característica (formato) de tumor de intestino e poderia responder melhor a quimio de intestino.
Começamos em fevereiro, fiz 5 ciclos. Fiquei MUITOOOO debilitada, real, já estou muito fraca devido a todo este percurso.
Sinto-me muito cansada, por isso busco algo novo e diferente, algo que dê mais sentido para minha vida: curas em aspectos emocionais, físicos e espirituais. Algo que me devolva a energia vital.
Sobre a minha intenção em relação ao futuro do meu tratamento:
Meu esgotamento, físico, emocional e mental, e também às tentativas falhas do tratamento tradicional, me fizeram pensar muito em investir em tratamento alternativo e natural. Existem muitos caminhos, sempre peço orientação divina para as minhas tomadas de decisões.
Outro investimento que eu preciso é uma cuidadora, preciso também de alguém que cozinhe comidas naturais e muito saudáveis para mim.
Eu, particularmente, gostaria muito de ficar em um local de acolhimento para mulheres inicialmente, pois sinto que é isso que minha alma busca, e muito muito, cuidado, amor e carinho.
Existem também custos com medicação, porque estou usando morfina em adesivo que é muito caro e a Unimed não o liberou. Também estamos pesquisando cama hospitalar para que eu tenha mais conforto, pois durmo sentada há alguns meses, mas tudo isso está em fase de pesquisa e orçamento. Portanto, não conseguimos ainda dar mais detalhes e a ideia não é suprir todas as minhas necessidades através deste canal, mas se Deus assim quiser estou aberta para outros auxílios.
Se possível eu registrarei meu tratamento para que vocês se sintam parte da minha cura, porque são mesmo. Amo vocês!
Com carinho, Sté =)
Para quem quiser ajudar, basta acessar a Vakinha dela:
https://www.vakinha.com.br/vaquinha/vamos-ajudar-a-steh
Fonte: Plantão 190