O laudo feito pela perícia da Polícia Civil na casa onde o menino de 11 anos foi encontrado dentro do barril mostra algo que os moradores já sabiam: a família tinha “do bom e do melhor”, enquanto o garoto era renegado e vivia a cascas de banana.
A casa em si era bastante espaçosa, apesar de simples.
Com sala, cozinha, banheiro, dois quartos e garagem, ventiladores estavam espalhados em todos os cômodos.
Em detalhes
Um dos quartos tinha uma beliche e colchões.
Na sala, brinquedos, uma TV de led, um videogame, roupas infantis menores que a do menino e pacotes de fralda.
Isso confirma a informação de que havia mais crianças na residência, mas ninguém sabe onde elas foram parar depois do estouro do caso.
Na cozinha, uma cafeteira de cápsulas, batedeiras, micro-ondas, fogão e panelas — itens que foram revirados na invasão à residência dias depois, como a foto que ilustra esta reportagem.
Já no corredor, que levava ao local onde o tambor estava, bitucas de cigarro.
Para evitar que os vizinhos vissem o garoto, uma manta foi colocada entre a telha e o barril.
Já sobre o tonel propriamente dito: tinha cerca de 30 centímetros de diâmetro, e, quando foi periciado, tinha uma colher, uma casca de banana já passada e fezes.
Tudo indica que o menino se alimentava ali mesmo.
Mas existe uma outra coisa que chamava a atenção: um parafuso grande no fundo do tambor.
Ele era usado para fixar a corrente que amarrava a criança.
E o pai?
O pai está preso, assim como a madrasta e a meia-irmã da criança.
A mãe biológica ainda não foi localizada, e as dúvidas sobre se ela está viva estão cada vez maiores.
O menino segue em um abrigo da cidade de Campinas aguardando decisão judicial para saber onde vai morar.
Ele está bem de saúde.