Não é de hoje que a idade da frota de ônibus de Campinas é alta. A última grande renovação aconteceu ainda durante o governo do então prefeito Hélio de Oliveira Santos.
As renovações de frota continuaram nos dois governos subsequentes à cassação de Hélio: Demétrio Villagra e Pedro Serafim também chegaram a fazer entrega de ônibus novos.
Na época de Hélio o secretário de transportes da cidade era Gerson Bittencourt, que chegou a presidir a paulistana SPTrans durante a gestão de Marta Suplicy.
Com a entrada de Jonas Donizette no governo campineiro, a deterioração da frota de ônibus avançou rapidamente. Com uma administração fraca, o então presidente da Emdec Carlos José Barreiro fez muito pouco pela cidade, na verdade não fez quase nada.
Durante os oito anos de governo Jonas, foram comprados menos de 500 ônibus zero quilômetro para a cidade, ou seja, nem a metade da frota chegou a ser trocada.
Até hoje ainda circulam pela cidade ônibus que foram comprados durante o governo Hélio. A grande maioria ainda é herança da época do Jonas e uma minoria foi comprada no governo Dário.
O atual prefeito foi incapaz de gerenciar o transporte em Campinas e tem grande parcela de culpa por deixar chegar na atual situação precária, apostando todas as fichas em uma licitação que só fracassa.
Agora, a bola da vez é o mês de fevereiro de 2026, quando a licitação será feita escondida do povo na Bolsa de Valores de São Paulo. Vendida para a população como “solução”, na verdade o objetivo foi deixar o povo de fora do processo.
Mas só renovar a frota de ônibus resolve os problemas da cidade? Pontos com placas mal informativas, terminais sem qualquer informação, viário péssimo e agentes despreparados fazem o transporte campineiro ser um caldeirão da vergonha.
Que 2026 seja melhor.
Da Redação ODC.
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