Mal projetadas e mal feitas, estações do BRT são um atrativo ao vandalismo e à mendicância

A estrutura mal feita das estações do BRT em Campinas facilita os atos de vandalismo que crescem cada vez mais. Pichações, furtos de materiais e evasão de tarifa estão entre algumas das façanhas de criminosos.

Desde o início da operação o ODC alertou sobre os graves problemas estruturais das estações, que foram concebidas, aprovadas e construídas na gestão de Carlos José Barreiro à frente da presidência da Emdec.

A finalização da obra do BRT ficou a seu cargo, mesmo após sua transferência para a Secretaria de Infraestrutura. Todos os projetos, desde o inicial até o executivo, ficaram sob a sua responsabilidade.

As estações são mal feitas e foram mal formuladas. Há terminais com saídas para a rua, sem qualquer bloqueio que impeça as pessoas entrarem sem fazer o pagamento de tarifa.

O ODC também foi o primeiro a criticar os frágeis sistemas de bloqueio das estações, com uma portinhola para gratuidades mas altamente violável graças à sua fragilidade imensa. Após várias matérias, o sistema foi parcialmente modificado.

Atualmente o sistema de câmeras também é frágil, pois não inibe a evasão de tarifa e nem o vandalismo. São poucos os casos em que a Guarda Municipal consegue ser acionada a tempo de pegar os vândalos.

Pichações para todos os lados, piso encardido ainda da época das obras, catracas violadas e falta de energia elétrica são alguns dos problemas ainda recorrentes.

Na semana passada o Terminal BRT Ouro Verde ficou sem energia elétrica à noite depois de uma pane elétrica. Outras estações do mesmo corredor também sofreram com o mesmo problema.

Para que o sistema funcione a contento para quem paga passagem honestamente e usa o sistema regularmente, é necessário mudar muita coisa, mas a prefeitura não cobra quem deveria. A cobrança cai em cima da atual gestão da Emdec, que nada tem a ver com isso.

Na verdade, tem a ver pois a bomba caiu em cima do colo dela, mas quem fez o serviço errado acendeu o rojão e correu. Quem sofre, como sempre, é a população.

Da Redação ODC.
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