O transporte coletivo urbano de Campinas já viveu tempos áureos e que funcionava muito bem. No final dos anos 80 e início dos anos 90 do século passado, Campinas tinha algo que funcionava muito bem.

Com pulso firme e sem a tradicional politicagem barata de hoje, a prefeitura da época tomou as rédeas do transporte e colocou tudo devidamente na linha. A frota foi completamente renovada e várias linhas foram seccionadas em terminais de bairros.

A integração nos bairros começou no ano de 1985 com o Terminal Barão Geraldo, e mais tarde ampliado para o Terminal Ouro Verde e para o Terminal Campo Grande. Agora, estão previstos novos terminais nos mesmos moldes mas a politicagem deverá por tudo a perder.

Sem o mesmo pulso firme de outrora, a prefeitura deverá abrir mão de algumas troncalizações por conta de choradeira de vereador e de pequenos grupos de moradores que gritam demais e sequer usam o transporte público.

Em uma cidade do porte de Campinas, dividir as linhas excessivamente longas em troncais e alimentadoras é fundamental para o sucesso do sistema. Não há nenhum problema em pegar uma linha de bairro, descer num terminal de bairro e pegar um ônibus articulado para o Centro.

O problema está justamente no que o povo acha que é certo: colocar ônibus articulado em linha de bairro para ir até o Centro. Isso faz com que a linha fique excessivamente demorada e ineficiente. O pior é que quem mais briga por isso é quem nem usa o transporte, como por exemplo, vereadores.

Se a Emdec continuar frouxa como está, e se a prefeitura ficar com essa politicagem barata para agradar meia dúzia de chorões, Campinas vai continuar pondo tudo a perder. Voltaremos um transporte razoavelmente bom? Talvez não, mas do jeito que está, não pode ficar.

José Gaveta – Da Redação ODC.
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