O Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), em conjunto com a Polícia Militar — via 1º Batalhão de Ações Especiais (BAEP), fez, nesta sexta-feira, a terceira fase da Operação Sumidouro.
Seis veículos da cooperativa Altercamp foram apreendidos como parte de uma ação judicial de bloqueio de bens de envolvidos no esquema de tráfico de drogas, ligados à facção criminosa que atua em todo o país.
Segundo o MP, as permissões de alguns carros vinculados à cooperativa eram registrados em nome de laranjas, para “supor” legalidade ao dinheiro que vinha do tráfico de drogas, incluindo aí o subsídio pago pela prefeitura. As diligências também visam a apurar a participação, nas práticas criminosas, de pessoas ligadas à cooperativa.
Duas armas de fogo foram apreendidas. Uma delas dentro de um dos carros da Altercamp.
Por decisão judicial, os investigados foram proibidos, por si ou em nome de terceiros, de explorar linhas de transporte público em Campinas ou qualquer outra localidade.
Daniela Giungi, advogada da Altercamp, disse que a cooperativa não é dona dos ônibus e que colabora com as investigações.
“Estamos colaborando em tudo porque prestamos serviços de apoio a todos os permissionários. Os ônibus não são nossos, nós recebemos pelos serviços que prestamos. O que o dono do ônibus faz das portas para fora, na vida pessoal dele, a gente não tem acesso.”
Ela afirmou, ainda, que as armas foram encontradas dentro de um ônibus “há muito tempo, e que ficaram nos armários da cooperativa”
E as linhas?
Segundo o Ministério Público, os veículos seriam utilizados em ao menos três linhas, mas não detalhou quais são.
O ODC questionou a Emdec sobre a operação da Altercamp na segunda-feira. A Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas deu a seguinte resposta, colocada na íntegra: