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      Mortalidade por câncer de mama registra aumento em Campinas

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      A mortalidade por câncer de mama em Campinas aumentou entre 2010 e 2021, apesar de uma série de melhorias na assistência de saúde à população.

      O novo boletim elaborado pela Secretaria de Saúde e Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) mostra crescimento do coeficiente de óbitos no triênio 2019-2021, em relação ao período anterior. Veja abaixo a evolução nas últimas duas décadas.

      O levantamento indica coeficiente de 17,8 óbitos para cada 100 mil mulheres de 2019 a 2021. No triênio anterior, ele era de 16,3, e entre 2010 e 2012 estava na faixa de 15,8.

      Por outro lado, o número permanece inferior aos coeficientes registrados de 2001 a 2009, que variaram de 19,1 a 22,8 no intervalo.

      Coeficiente de mortalidade por câncer de mama

      2001-2003 – 19,1 óbitos por 100 mil habitantes
      2004-2006 – 19,7
      2007-2009 – 22,8
      2010-2012 – 15,8
      2013-2015 – 15,9
      2016-2018 – 16,3
      2019-2021 – 17,8

      Por que aumentou no triênio 2019-2021?

      A coordenadora da área da saúde da mulher do Departamento de Saúde, Miriam Nobre, destacou que a pandemia da covid-19 refletiu nos resultados mais recentes.

      “A pandemia teve impacto na realização do exame de rastreamento, tivemos interrupção da oferta quando tudo parou e depois teve demora no retorno das mulheres para fazerem o rastreamento. Com tudo isso, tivemos casos que chegaram com diagnóstico mais tardio e houve aumento da morbimortalidade”, avaliou.

      Ela ressaltou que a assistência às pacientes em Campinas é qualificada e explicou que as moradoras devem procurar a equipe da unidade de saúde mais próxima da residência para receber apoio, esclarecer dúvidas, buscar mais informações e solicitar exames preventivos.

      “Temos uma linha de cuidado bem estabelecida. Quando a mamografia está alterada, que necessite de exames complementares ou biópsia, o serviço que fez o exame já convoca a usuária, diminui o tempo para o diagnóstico, e com isto melhora na morbimortalidade”, frisou Miriam, ao destacar que nos últimos anos ocorreram melhorias para fluxo de exames das pacientes, o que reduziu tempo de diagnóstico, e que a Campinas detém serviço próprio de mastologia com equipe especializada.

      Tendência?

      Para Juliana Natívio, coordenadora do RCBP de Campinas (Registro de Câncer de Base Populacional) , a crise sanitária deve inclusive repercutir em resultados do triênio 2022-2024. “No período da pandemia houve suspensão de cirurgias eletivas e impactos no acesso a diagnósticos e tratamento”, ponderou.

      Câncer de mama é o mais incidente

      O Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) de Campinas indica que, de 2013 a 2022, o câncer de mama representou a maior proporção de óbitos por neoplasias em mulheres. Nos últimos anos, diz o boletim, a doença tem provocado quase 125 mortes por ano na cidade.

      “No período de 2010 a 2018, em torno de 550 novos casos de câncer de mama invasivo foram diagnosticados por ano. O cálculo da taxa de incidência pela população feminina nos mostra que 72,3 mulheres em cada 100 mil habitantes (taxa ajustada pela população brasileira 2010) ao ano tiveram diagnóstico desta neoplasia”, diz o texto do boletim.

      A idade é um dos fatores que mais atribui risco para o câncer de mama, portanto, há aumento de incidência nas faixas etárias mais avançadas.

      No período de 2010 a 2018, a média de idade nos casos diagnosticados foi de 58 anos. O intervalo de diagnóstico em Campinas foi dos 21 aos 103 anos, segundo o levantamento.

      Depois do câncer de mama, os mais incidentes foram de cólon/reto, e de tireóide/pulmões.

      Proporção de óbitos por neoplasias em Campinas – 2013-2022

      Mama – 16%
      Colorretal – 12%
      Brônquios e pulmões – 11%
      Pâncreas – 7%
      Estômago – 5%
      Ovário – 4%
      Corpo do útero – 4%
      Fígado – 3%
      Encéfalo – 3%
      Demais neoplasias – 35%

      Distribuição proporcional de lesões na mama segundo extensão – 2010 a 2018

      In situ (“no local”) – 11%
      Localizado – 29%
      Metástase – 31%
      Sem informação – 29%

      “O conhecimento sobre a doença continua sendo uma das principais armas para diminuir os mitos e temores relacionados ao tema. A adoção de hábitos saudáveis de vida e os cuidados preventivos em saúde são fundamentais para o enfrentamento desta importante patologia, bem como a oferta de exames e tratamentos adequados e em tempo oportuno”, destaca outro trecho do boletim.

      As informações são da Prefeitura de Campinas.
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