Mudanças bruscas de temperatura podem desidratar a pele; Veja como se cuidar

Nos últimos dias, principalmente o sudeste do Brasil tem virado refém das oscilações de temperatura em um mesmo dia, de forma que o calor provocado pelo sol, em questão de horas, vence e é vencido pelo frio de inverno. “Num intervalo de 24 horas, experimentamos temperaturas muito altas e muito baixas, com diferenças de máximas e mínimas que podem chegar a 15º. Isso é motivo de preocupação para a imunidade do nosso corpo e pode causar também problemas de pele, por conta desse estresse constante das oscilações”, diz o dermatologista Dr. Jardis Volpe, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia. “Quando falamos em estresse por conta das oscilações, estamos nos referindo aos estímulos que o meio ambiente dá à pele: enquanto o calor instiga a produção de oleosidade, o frio (juntamente com a baixa umidade do ar) retira até 25% da umidade da nossa pele, causando ressecamento”, completa o médico.

O dermatologista explica que, por meio do suor, o corpo regula sua temperatura, preservando calor durante temperaturas quentes e frias, respectivamente. “O problema é que as grandes variações em um mesmo dia podem confundir nosso corpo e aumentar o estresse fisiológico. Com isso, fisiologicamente nosso corpo tem dificuldade na regulação da ingestão de líquidos, resultando em desidratação, cãibras musculares e fadiga, que podem deixar a pele com aspecto cansado, sem viço e desidratada”, diz o médico.

O problema é que, no período noturno, geralmente o frio é mais rigoroso e algumas pessoas usam o aquecedor, como forme de ter uma noite menos “gelada”. “Mas esse aquecimento retira muita umidade da nossa pele, favorecendo ressecamento, vermelhidão, secura e irritação. A situação pode piorar se no dia seguinte o calor tomar conta, pois a pele ficará mais oleosa e não necessariamente mais hidratada, pois hidratação da pele é um equilíbrio entre água e óleo. Nesse caso, teríamos excesso de óleo e falta de água”, diz.

Além de manter a pele hidratada, o dermatologista diz que o umidificador de ar pode ajudar.

Para enfrentar o problema, que também pode causar rachaduras na pele, levando a uma maior secura e sensibilidade, o dermatologista indica cremes reparadores e altamente hidratantes, com substâncias que promovam hidratação imediata e duradoura, como Hyaxel e Overnight Repair (que deve ser usado à noite). Outra boa dica é manter sempre por perto o hidratante com antioxidantes como Alistin, Exo-P e Vitamina C e o protetor solar.

Para potencializar ainda mais o efeito do hidratante, o médico indica evitar contato com poeira, poluição do ar e lugares lotados. “Lave as mãos frequentemente com sabão e água morna. E use um hidratante específico para as mãos. Também é importante manter-se hidratado, portanto beba muita água”, diz o médico. Outro cuidado é com relação à dieta, de forma que é necessário comer bem durante o almoço e jantar para ajudar o corpo a lidar com as flutuações de temperatura e resistir a infecções. “Prefira alimentos quentes durante o período noturno e alimentos frescos durante o dia. Chá e café durante o dia devem ser evitados, pois eles ajudam a causar desidratação. Os nutracêuticos também podem ser aliados nesse processo, com substâncias como InCell e FC Oral, para promover nutrição e hidratação celular, de dentro para fora”, finaliza o médico.

JARDIS VOLPE: Dermatologista; Diretor Clínico da Clínica Volpe (São Paulo). Formado pela Universidade de São Paulo (USP); Especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia; Membro da Sociedade Americana de Laser, da SBD e da Academia Americana de Dermatologia; Pós-graduação em Dermatocosmiatria pela FMABC; Atualização em Laser pela Harvard Medical School.


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