O transporte em Campinas tem suas pecularidades e uma forte influência de políticos, geralmente de baixa performance pois como não conseguem aprovar nada de relevante, acabam mexendo em linhas de ônibus, que é mais fácil.
O contrato de prestação de serviço de transporte público em qualquer cidade do mundo prevê uma quantidade fixa de ônibus, ou seja, em Campinas o número está atualmente em pouco mais de 800 coletivos, apenas entre as empresas concessionárias.
Se uma nova linha é criada, esse número fechado não vai aumentar, e por isso será necessário extinguir alguma linha ou tirar carros de outra para suprir a nova.
Antes da chegada dos novos ônibus de cor branca na região do Ouro Verde, a Emdec e um vereador haviam informado que seria criada uma linha ‘semi-expressa’ da região dos DICs para o Centro.
Eles só não falaram que para criar essa linha, seriam retirados veículos de outros itinerários, aumentando ainda mais o intervalo dessas outras. Não há mágica a ser feita.
Os políticos precisam entender que ficar criando um monte de linhas não resolve em nada o problema do transporte campineiro, mas será que eles estão preocupados com isso?
Muitos se preocupam em atender a um grupo de eleitores, mas não estão nem aí para outro grupo que ficará mais tempo no ponto. E eles não podem fazer nada para evitar isso, a não ser que o contrato do transporte mude e preveja mais coletivos nas ruas.
Ao ver alguém fazendo festa porque será criada uma linha nova, nunca se esqueça: algum santo será descoberto para cobrir outro, e será divulgado como “ajuste de horário”.
Da Redação ODC.
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