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Obras atrasadas do BRT escancara erro de comando; Vários trechos seguem parados

As obras do BRT atravancam ainda mais a operação do novo sistema de transporte de Campinas, que deveria melhorar a vida da população, mas por enquanto só tem atrapalhado.

O novo Terminal Ouro Verde parece abandonado. Depois de dois meses com obras aceleradas, os funcionários simplesmente desapareceram do local. Todos podem ser encontrados na frente de trabalho do Terminal Vida Nova, a mais atrasada de todas as obras desse corredor.

O problema é que sem que tudo esteja devidamente pronto para o funcionamento, a operação fica prejudicada, com passageiros jogados nos pontos sem cobertura e paradas muito esparsas.

A estratégia de fazer a obra toda de uma vez foi um enorme erro da Secretaria de Infraestrutura, comandada pelo ex-presidente da Emdec, Carlos José Barreiro. A obra já começou errada durante a gestão dele na Emdec e prosseguiu dessa forma na Seinfra.

Sem intervenção da prefeitura, Barreiro comanda a obra com constantes atrasos e sem respostas satisfatórias para a população, que aumenta a cada dia o coro contra o atual prefeito, Dário Saadi.

Quando a obra começou, no final de 2016, quando o então prefeito Jonas Donizette foi reeleito, o formato usado por Barreiro era fazer tudo de uma vez, contrariando o que a própria Caixa Econômica Federal recomenda, que é a entrega por lotes.

No formato recomendado pela Caixa, as obras são feitas, finalizadas e entregues por pedaços, ou seja, faz uma parte, termina e entrega para certificação e posterior operação.

Já Barreiro preferiu fazer tudo de uma vez e misturado: projeto executivo e obra, tudo junto e sem frentes de trabalho específicas. Por isso foi possível ver obras em quase todos os pontos dos dois corredores BRT, mas tudo muito mal acabado.

Isso está prejudicando severamente o Corredor Ouro Verde. Há frente de trabalho no Terminal Santa Lúcia, quase acabado, no Ouro Verde com meia dúzia de pessoas enrolando pra fazer uma mísera escada e quase tudo está no Vida Nova.

Pela lógica, seria o correto fazer por partes: terminar o que está mais fácil, no caso o Santa Lúcia, depois agilizar e finalizar o Ouro Verde e deixar o Vida Nova por último, finalizando e entregando para a operação.

Do jeito que está sendo feito, parece trabalho mal acabado de escola: faz um pouco, abandona, aí faz outro, abandona de novo e volta pro primeiro, trabalha mais um pouco para enrolar e assim por diante.

Esse tipo de trabalho em pleno período eleitoral é um verdadeiro tiro no pé, pois a população tem a sensação de que tudo está abandonado de novo, e sem perpectiva de demora. A não ser que a Seinfra seja oposição de Dário e ninguém sabe.

Da Redação ODC.
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