Diferentemente de muitos técnicos e especialistas da Emdec, o ODC anda de ônibus por Campinas, e vê as dificuldades que motoristas e usuários tem para enfrentar as constantes mudanças do Sistema Ziguezague, que serve apenas para atender interesses de políticos em momento de pré-pré-campanha para as eleições do ano que vem.
Era, porque agora a linha dá tanta volta que é capaz de você passar mal dentro do coletivo. O ODC andou na linha em uma quarta-feira, às 14h, em um horário que sabidamente os ônibus não andam tão cheios.
Mesmo levando isso em conta, se Campinas fosse uma cidade em que as coisas fossem bem feitas e nem tudo dependesse apenas de uma “licitação milagrosa” (que também é capaz de não ter efeito nenhum), o mínimo que deveria acontecer é a linha andar com micro-ônibus.
Primeiro pela demanda: nem 10 passageiros foram na viagem. Segundo, pelas vias que agora o veículo tem que andar. A primeira mudança foi a descida em ruas asfaltadas do DIC V, antigamente ocupação. Ruas de nomes como Maria Bonita, etc. Essa é uma mudança um pouco mais antiga, mas as voltas que o coletivo dá são imensas. Mas, pelo menos, houve embarque de uma passageira.
Depois de passar por uma bela vista de um monte de entulho, que ilustra essa matéria (e isso é culpa da população), o ônibus entrou no Residencial Nossa Senhora Aparecida. Uma mudança que serviu apenas para atrasar ainda mais a viagem e “mostrar” a pavimentação feita nas ruas (em alguns locais o asfalto já está esburacado).
Nenhuma alma embarcou ou desembarcou no 109, que ainda encontrou duas vezes comum ônibus da 108, que também ia ao Terminal Ouro Verde. O bairro também é atendido pela 111.
Em muitas ruas, a motorista do ônibus teve dificuldade em seguir. Carros parados dos dois lados, curvas estreitas e um itinerário mal planejado marcam a viagem.
E ainda não acabou. Saindo do Aparecida, o ônibus é obrigado a dar uma volta no CS DIC VI, que fica em uma baita subida. Ali embarcou uma passageira, idosa.
No fim das contas, o ônibus demorou 25 minutos para percorrer o itinerário do Ginásio do DIC VI até o Terminal Ouro Verde. Antes, a volta era feita em 10, 15 minutos. Fora que a motorista mais pisou no freio do que qualquer coisa. Isso eleva o desgaste do ônibus, que já não é lá essas coisas.