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      Olhar da Janela: acabaram com a 118

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      De uma das principais linhas de ligação do Terminal Ouro Verde com a João Jorge e Rodoviária para uma “míngua” linha de ônibus que não serve para quase nada. Isso é o que a Emdec fez com a linha 118, que já chegou a rodar com articulados para tentar dar conta da demanda… e hoje, malemal tem lotação de banco.

      O ODC fez uma viagem da linha em uma quinta-feira, por volta de 9h. A chegada ao terminal foi às 9h20 e a saída do próximo carro era 9h50. Fim do horário do pico da manhã, o intervalo da linha, que já foi de 10 minutos em tempos gloriosos, agora é de absurdos 50 minutos.

      Mas dá para entender o motivo. Menos de 15 pessoas esperavam o coletivo.

      A primeira mudança, para atender ao Corredor Perimetral, não foi exatamente tão ruim. Tirava um dos principais atendimentos da linha, é verdade, que é a João Jorge, mas deveria supor uma alternativa mais rápida para Cambuí e Andrade Neves.

      Quando ela ia pelo corredor, sim. Mas, depois que foi jogada para fora da faixa exclusiva, tem que dividir ruas em péssimo estado na paralela (que ninguém se deu ao favor de recapear), e ainda lidar com o fluxo de veículos, que aumentou desde a abertura da avenida (uma das poucas novas avenidas úteis da cidade nos últimos anos), passou a demorar mais de 5 minutos para cumprir o mesmo caminho.

      A volta pelo Balão do Curtume para depois acessar o corredor é uma das coisas mais absurdas que se viu recentemente na cidade. Mesmo a colocação de pontos de ônibus convencionais no corredor não fez com que a ideia de ridícula fosse abortada.

      O ônibus perde preciosos minutos para dar a volta e continuar um itinerário que antes era mais lógico. A saída do Terminal foi às 9h50. A chegada à Estação BRT Rodoviária foi às 10h18. Poderia ter sido até 10h10, se a volta fosse evitada.

      E isso que o ônibus ainda continuou para o Cambuí, depois tendo que voltar pelas pistas laterais e fazer aquela volta na altura da Estação Vila Pompéia. Retorno que, aliás, deveria ter sido feito embaixo da Presidente Juscelino, e não aquela coisa medonha que trava nos horários de pico. Mas aí a culpa é de quem fez o BRT, no caso, Carlos José Barreiro, o eterno “tocador de obras” que não acabam nunca.

      A falta de um acesso sem ser por dentro do Terminal Campos Elíseos é outro erro de projeto. O ônibus poderia acessar o corredor direto pela Rua Bragança Paulista, sem precisar dar as voltas, tanto na ida, quanto na volta, na Presidente Juscelino. São minutos economizados que deixariam a viagem mais rápida.

      Parece que algumas decisões são tomadas durante um churrasco entre amigos. Aquele churrasco em que todo mundo tem ideias brilhantes depois de estar um pouco “feliz”, só que as ideias não são nem um pouco inteligentes.

      Bem que podia valer um ditado social antigo: “o que acontece no churrasco, fica no churrasco”.