O transporte coletivo urbano na cidade de Campinas é de total responsabilidade da Emdec, a Empresa Municipal de Desenvolvimento. É ela a responsável pelo gerenciamento do sistema, vistorias, fiscalização, entre outras ações.
Em 2005 o transporte de Campinas passou pelo primeiro processo licitatório de sua história e tudo correu muito bem até por volta de 2014, quando as coisas começaram a degringolar.
A renovação de frota durante o governo Jonas Donizette já não foi grande, com uma tolerância por parte do então secretário de transportes, Carlos José Barreiro em manter coletivos já vencidos ainda em operação.
Em 2018 a justiça mandou relicitar o sistema pois o processo de 2005 estava anulado por supostamente conter irregularidades. Desde então, o transporte campineiro entrou numa espiral de decadência.
A prefeitura enrolou o máximo que conseguiu e deixou a bomba para o prefeito que assumiu o cargo em 2021. Nesse meio tempo ainda houve a pandemia do novo coronavirus, o que piorou ainda mais a situação.
Dário está completando três anos no poder e também não conseguiu licitar o setor. Com exigências megalomaníacas, como um imenso número de caríssimos ônibus elétricos em uma cidade totalmente sem estrutura para isso, com buracos imensos, corredores inacabados e péssimo viário, ninguém se interessou e desde então tudo segue sendo enrolado.
A enrolação é tanta que até hoje a Emdec não respondeu todas as 300 sugestões feitas durante as audiências públicas para a licitação. As respostas estão chegando em lotes desde outubro e as feitas pelo ODC sequer foram respondidas até agora.
Com essa letargia toda, o cenário para 2024 é extremamente desanimador. E se engana quem acha que foi bondade da prefeitura manter a tarifa no atual valor. Ela já é caríssima, e continua cara.
José Gaveta – Da Redação ODC.
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