A circulação de carros e ônibus em Campinas foi piorada com a implantação do sistema BRT. Com a operação ainda bastante mambembe, coletivos circulam misturados com outros veículos onde há as faixas exclusivas.
Enquanto existem várias propostas para a troncalização, ou seja, colocação de algumas linhas com baixíssimos intervalos para circular nos corredores e integração eficiente nos bairros, a prefeitura está preocupada em criar um verdadeiro limbo no transporte.
É necessário acabar com algumas linhas para que outras sejam criadas, mas a má vontade em esclarecer as mudanças para a população faz com que a prefeitura tome decisões completamente esdrúxulas.
Há gente na prefeitura que defenda a manutenção de linhas velhas, mesmo com intervalos ridículos, ao invés de acabar com tudo e começar mudanças do zero, melhorando os atendimentos.
Atualmente, o problema é a operação de um sistema novo em conjunto com um sistema velho e ultrapassado. Com isso, o BRT não consegue avançar como deveria.
Em qualquer sistema BRT do mundo a troncalização é feita de forma rápida e eficiente: pega-se o ônibus articulado em um ponto, vai-se até um terminal de bairro, e de lá pega um coletivo para seu destino final.
Todos esses coletivos devem ter baixos intervalos. Chegar em um terminal e ficar 40 minutos esperando não é vantagem pra ninguém, e por isso acaba-se acreditando que linhas diretas são a solução, sendo que elas na verdade prejudicam o sistema.
Para que tudo isso avance, falta: a vontade política da prefeitura em resolver isso, e a vontade da Emdec em fazer uma comunicação lúdica, simples e antecipada sobre as mudanças.
Enquanto isso, Campinas continua com um sistema falido, típico de países em desenvolvimento, com centenas de linhas ineficientes e que não atendem a população a contento.
Da Redação ODC.
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