O BRT do Campo Grande começou a ser efetivamente implantado nesta última sexta-feira e teve boa aprovação da população que fez o uso do sistema. De acordo com pesquisa realizada pelo ODC, praticamente todos que fizeram uso aprovaram e voltarão a usar.

Apesar disso, é preciso pontuar que houve alguns problemas operacionais e de ordem técnica, passando a impressão de que houve um certo improviso em determinados momentos. Portas de certas estações não abriram, falta de informações e comboios em uma das linhas foram a tônica da sexta-feira.

Já no final de semana o BRT está com um intervalo muito alto, o que pode desestimular a população a fazer o uso do novo modal. É importante sempre esclarecer que o intervalo é quem vai ditar se o BRT é bom ou ruim, e nas linhas alimentadoras isso parece não acontecer.

Grande parte das reclamações está justamente nas linhas que vem dos bairros até o terminal do BRT. Muitas delas tem intervalos de mais de 40 minutos, o que desestimula por completo o uso. Ter eficiência apenas na linha tronco, que liga o terminal ao Centro, não é o suficiente.

A circulação do BRT no Corredor Central também se mostrou assertiva, pois não houve grandes momentos de “prisão” no trânsito, nem na hora de pico, pois os pontos foram bem distribuídos.

O problema de tudo é a falta de informação sobre o BRT para a população. A maioria não sabe que se trata de um sistema de transporte, e não de uma linha de ônibus. O pior é pessoas fora da região reclamando e quem nem vão usar o modal. O esclarecimento por parte da Emdec falhou e agora precisa ser recuperado.

Nesta segunda estreiam novas linhas alimentadoras com dois carros cada uma, o que já vai reduzir o intervalo pela metade. A população da região do Jardim Florence já assimilou as mudanças e avança mais rapidamente, enquanto no Campo Grande ainda há pontos de chiliques desnecessários.

A coragem da Emdec em fazer as mudanças que já eram necessárias é um ponto positivo, porém o acompanhamento da operação para manter a regularidade é essencial.

Da Redação ODC.
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